A pressão por aumentos salariais deve intensificar o
 número de greves e protestos sindicais a partir de Junho, quando começa
 a Copa do Mundo. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, pelo menos 16 
sindicatos, que representam 4 milhões de trabalhadores, já estão se 
preparando para as manifestações durante o mundial. Os protestos, no 
entanto, podem ocorrer de forma isolada nas fábricas, aeroportos ou 
mesmo nas ruas das 12 cidades-sede.
No
 setor de alimentação, a estratégia é “prejudicar o churrasco” do 
torcedor, atingindo o estoque. "Se o trabalhador não matar o boi, não 
terá churrasco na Copa. Se o caminhão não sai da cervejaria, não vai ter
 o que servir nos bares", diz Wilson Manzon, da federação de 
trabalhadores paulistas do segmento.
Até
 os hotéis que hospedarão as seleções podem entrar em greve e o slogan 
já até foi definido: "Salário e direitos no padrão Fifa".
Das
 16 categorias que se mobilizam, metade está na área de transporte: 
aeroviários, metroviários, ferroviários da CPTM, motoristas e cobradores
 de ônibus, rodoviários, taxistas, motoboys e agentes de trânsito. 
"Estamos nos preparando para isso. Evitamos no Natal, no Ano Novo e no 
Carnaval", diz Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional dos 
Aeroviários.
Segurança reforçada
A
 dois meses da Copa, o governo federal definiu o maior efetivo de 
segurança para a história de um Mundial: 170 mil agentes entre 
policiais, militares e segurança privada. Desse total, 57 mil são 
integrantes das Forças Armadas. Ainda segundo o jornal Folha de S. 
Paulo, este será o maior contingente de militares já utilizado em um 
evento no Brasil.
O
 investimento será de R$ 2 bilhões, mas quase nada foi investido em 
inteligência e perícia. Como comparativo do contingente de segurança da 
Copa, há um aumento de efetivo em 22% em relação à África do Sul, em 
2010. Na ocasião, 140 mil agentes atuaram no plano nacional.
Nos
 quartéis, 21 mil militares serão a chamada força de contingência para 
atuar em "casos de emergência". O governo se programa para eventuais 
greves da categoria em alguns Estados.
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