A limpeza do Metrô de
São Paulo é reconhecida por mais de 88% de seus usuários e alcança fama
internacional. Para atingir níveis de excelência em limpeza e se tornar
referência mundial, o trabalho de sanificação de túneis, plataformas e dutos
tem um papel fundamental. Desde o início do funcionamento do Metrô, o combate
aos ratos e baratas é uma questão de segurança operacional. Em 1975,
roedores causaram a paralisação do sistema durante horas ao comer um
cabo elétrico. Após essa experiência, a Companhia realiza um controle de
pragas permanente. A área total tratada com atividades de desinsetização e
desratização é de 30 milhões de m2, o equivalente a 4 mil campos de
futebol, aproximadamente.
A desinsetização
consiste na aplicação de produtos químicos inseticidas em líquido e gel para o
combate às baratas, escorpiões, pulgas, moscas, pernilongos e aranhas. Ao longo
de um ano são utilizados 60 mil litros deste produto na formulação líquida e 2
mil peças em gel. Já, a desratização é responsável pelo controle dos ratos por
meio de raticida granulado e em pó para uso em tocas. Em 2014, foram colocados
230 mil sachês ao longo das linhas e dependências metroviárias. Nesses dois
processos os produtos são alternados, mudando seu princípio ativo para que a
praga não crie imunidade ao produto. Além de atuar nestas duas frentes, a
equipe de manutenção também realiza o controle de cupim e do mosquito Aedes
aegypti.
O controle das pragas
urbanas no Metrô envolve a utilização de três métodos de inspeção. O mecânico é
realizado com armadilhas adesivas e impedimentos de acessos. O ambiental é
feito com a limpeza interna e externa das instalações. O químico usa aplicação
de iscas raticidas e inseticidas no controle de ratos, baratas, aranhas,
cupins, moscas, escorpiões e pernilongos.
A tropa armada
A Gerência de
Manutenção do Metrô é o setor responsável pelo plano e pelos procedimentos
preventivos que minimizam o aparecimento de pragas. Estão envolvidos com as
atividades de sanificação 33 funcionários. A equipe interna especializada conta
com 8 colaboradores (1 encarregado + 7 oficiais). A empresa contratada tem 25
integrantes. A Gerência conta com a assessoria permanente de um consultor
técnico externo que determina os respectivos produtos químicos,
procedimentos, recomendações e outros estudos.
Quem observa a "tropa
da sanificação" trabalhando, de segunda a sexta-feira, das 24h às 5h, fica
surpreso com o "arsenal" utilizado para o extermínio dos ratos e baratas. Além
dos equipamentos de proteção individual (EPI´s), como máscaras, óculos,
capacetes e luvas, os funcionários caminham pelos túneis com bombas
atomizadoras, polvilhadeiras e bomba manual costal. Com tudo isso, não há bicho
indesejável que resista.
Locais higienizados e
tratados
O Metrô desenvolveu
uma rotina para cada uma das atividades. Assim, nenhuma dependência fica sem
passar pelo tratamento. No anel sanitário, que compreende ruas e
avenidas num raio de 50 metros do eixo das linhas do Metrô, a aplicação acontece
em bocas-de-lobo, canaletas de água pluvial e vias de acesso ao esgoto, numa
periodicidade de 90 dias para desinsetização e 60 dias para desratização.
O Metrô alia todo
esse processo com a preservação do meio ambiente. As embalagens dos produtos químicos,
os raticidas recolhidos e os cadáveres de roedores são destinados ao
incinerador através da empresa contratada e evidenciados através de documentos
específicos (Certificado de Destinação de Resíduos Industriais - CDR), que são
essenciais para atender as auditorias da ISO14001 (Sistema de Gestão
Ambiental-SGA).
Nem o labirinto da
Estação São Bento escapa
Na estação São Bento,
está o "Diafragma" (vão que fica entre as edificações do Mosteiro e da estação,
24 metros abaixo da superfície). Nem mesmo essa área de difícil acesso deixa
ser desratizada e desintetizada. Para acessar esse labirinto vertical entre
paredes, a equipe da sanificação tem que descer uma escada tipo marinheiro e
passar por túneis de 1,5 m de diâmetro.
Entre os diversos
pavimentos do lugar, há estruturas de tubulações por todos os lados. Também em
certos pontos é possível avistar os cabos que desembocam na via. A cada andar,
a equipe vai depositando as iscas e aplicando o inseticida. Tudo isso para a
segurança operacional do sistema.
Fonte da Notícia: Metrô
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