Obras da Futura Estação Higienópolis-Mackenzie (Linha 4-Amarela) |
As obras da Linha 4-Amarela do Metrô estão parcialmente paralisadas, o
que pode levar a novos atrasos. O consórcio Isolux-Corsán-Corviam,
contratado pelo governo de São Paulo para tocar o empreendimento,
reduziu o ritmo da construção nos últimos meses. A situação, que
persiste ao menos desde novembro, atinge os canteiros de obras das
Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila
Sônia.
O Metrô, que gerencia o contrato, admitiu o problema e informou que já
acionou o consórcio e que adotará contra ele "outras sanções" por causa
da diminuição do ritmo das obras. O proprietário de uma das
subcontratadas para a obra disse que o consórcio Isolux-Corsán-Corviam
deixou de pagar os vencimentos de parte das empreiteiras em outubro.
Por sua vez, o consórcio alega que o Metrô atrasou a entrega dos
projetos executivos das obras e que tem feito "grandes esforços" para
reajustar os seus pagamentos. O Metrô nega o atraso e informa que enviou
"todos os projetos executivos necessários para o prosseguimento regular
da obra".
Em visita aos locais das futuras estações, na tarde de ontem,
o jornal O Estado de S. Paulo encontrou canteiros praticamente vazios.
Apenas alguns funcionários de uniforme vermelho, da Isolux, eram vistos
nesses pontos. Eles afirmaram que têm pouco o que fazer em seus postos
de trabalho, já que as empresas terceirizadas deixaram o serviço. "É vir
aqui só para bater o ponto, mesmo", disse um operário da obra da
Estação Oscar Freire.
O canteiro, que fica do lado da Avenida Rebouças, sentido Marginal do
Pinheiros, servia ontem de estacionamento improvisado para carros. A
Oscar Freire e a Higienópolis-Mackenzie são as duas únicas estações de
metrô que a gestão Geraldo Alckmin promete entregar em 2015.
Ferrugem
"Faz uns meses, levaram tudo embora daqui, bombas e outros maquinários.
As outras empresas (as empreiteiras subcontratadas) saíram todas",
afirmou um funcionário do canteiro da Estação São Paulo-Morumbi. As
empreiteiras terceirizadas realizam serviços como terraplenagem e
fundações. "A ferragem exposta aqui fora, no chão, já está
enferrujando", disse um operário da Estação São Paulo-Morumbi.
Segundo ele, no auge, a construção tinha mais de cem funcionários, entre
os da própria Isolux e os das empreiteiras subcontratadas. Agora,
restam alguns poucos da Isolux. Ontem, o canteiro estava parado.
Fonte da notícia: O Estado de São Paulo
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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