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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Governador quer liberar estudantes de pagar tarifa integral no Metrô e na CPTM

Bilhete Único do Estudante
Após a passagem da CPTM e do Metrô subir para R$ 3,50, o Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que buscará aprovar o projeto de lei que prevê tarifa zero para estudantes da rede pública antes do início do próximo ano letivo.

A tarifa na CPTM e no Metrô subiu de R$ 3,00 para R$ 3,50 semana passada, um reajuste de 16,67%, abaixo da inflação acumulada desde o último reajuste, três anos atrás.

Assim como fez a Prefeitura de São Paulo, o governo estadual também vai manter congelada em R$ 140 a tarifa do Bilhete Único Mensal Sobre Trilhos. O valor atual da integração do Bilhete Único Mensal dos ônibus municipais com o sistema metroferroviário também não sofrerá alteração. Já a tarifa da integração diária subiu para R$ 5,45.

"Nós vamos fazer um esforço para que a Assembleia, logo no comecinho de fevereiro, já aprove. Para que quando os estudantes voltarem a estudar, já tenham o passe livre", disse em evento em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Tarifa Zero

O projeto de lei prevê tarifa zero para estudantes nos trens da CPTM, no Metrô e nos ônibus da EMTU. Se aprovada, a medida vai beneficiar todos alunos de escolas públicas do estado, incluindo os alunos das universidades públicas, Etecs e Fatecs.

Alunos de escolas particulares que comprovarem renda de até R$ 1.550 também serão beneficiados com a tarifa zero. De acordo com o governo do estado, também terão direito à gratuidade alunos de baixa renda cadastrados em programas estaduais que dão bolsas a universitários, como o Escola da Família e o Ler e Escrever, e os federais Prouni e Fies.

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos estima que cerca de 65% dos estudantes que usam CPTM e Metrô terão direito ao benefício.

Com o ajuste anunciado, a participação do Estado com subsídios no sistema em 2015 cairá 8,2%, passando de R$ 1,8 bilhão para R$ 1,4 bilhão, gerando uma economia de R$ 420 milhões, segundo a Secretaria de Transportes Metropolianos.

Custo x subsídios

O custo de operação do Metrô e da CPTM, juntos, é de R$ 4,9 Bilhões ao ano. Sem o reajuste, a receita dos sistemas com a venda de passagens chegaria a R$ 3 bilhões, sobrando R$ 1,8 bilhão de despesas, pagas por meio de subsídios do Estado.

Com o reajuste da tarifa para R$ 3,50, a receita obtida com a venda de passagens subirá para R$ 3,5 bilhões, reduzindo em 23% os subsídios pagos pelo Estado.

A tarifa zero para estudantes vai gerar um impacto de R$ 53 Milhões na receita dos sistemas de Metrô e CPTM. Com o reajuste da tarifa, a receita do sistema aumentará em 15%, de R$ 3 bilhões para R$ 3,5 Bilhões – aumento suficiente para cobrir os descontos com a tarifa zero e reduzir em 8,2% os subsídios pagos pelo Estado de R$ 1,8 bilhão para R$ 1,4 Bilhão.

Prefeitura concedeu tarifa zero

Quatro dias antes do Governo Estadual a Prefeitura de São Paulo havia anunciado que vai instituir o passe livre para estudantes de escolas públicas e para universitários do Prouni, Fies e cotistas. Além disso, anunciou que a tarifa dos ônibus vai ser reajustada de R$ 3 para R$ 3,50 a partir de 6 de janeiro.

Já as tarifas do Bilhete Único nas modalidades mensal, semanal e diário (validade de 24 horas) permanecerão congeladas. Com os subsídios, incluindo o passe livre para os estudantes, o reajuste médio de tarifas ficou em 7,92%.

Fonte da Notícia: G1-SP
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