Passageiros usando dispositivos móveis é cena comum de ser ver do Metrô de SP |
Uma pesquisa realizada em conjunto com a ONG New Cities Foundation e a fornecedora sueca Ericsson
mostra que a conectividade em sistemas de Metrô está cada vez mais
presente no mundo, com mais de 70% dos locais apresentando algum tipo de
conexão, seja Wi-Fi ou via rede móvel.
O levantamento, divulgado ontem, foi realizado
em 48 metrôs em 28 países, incluindo Argentina, Brasil, Chile e México.
No total, os tipos de conectividade estão divididos da
seguinte forma: 51% dos metrôs têm Wi-Fi, 6% têm 2G, 43% possuem 3G e
31% contam com 4G.
As regiões do Oriente Médio e Ásia/Pacífico lideram a
conectividade nesses meios de transporte, mostrando 100% e 91% de
sistemas conectados respectivamente.
Na Europa, 88% dos metrôs são completamente conectados,
enquanto o percentual é de 67% para a América Latina e América do Norte.
Na Eurásia (Rússia), essa proporção cai para 33%.
Uma diferença grande aparece quando o estudo exibe o tipo de conectividade móvel (nas estações e vagões) por localidade.
Fora a região da Rússia, a América Latina é a única que não
possui atualmente cobertura total ou parcial de rede 4G, sendo toda ela
dedicada à rede 3G.
É o exato oposto da América do Norte, que hoje oferece cobertura total LTE em seus sistemas.
As regiões da Ásia-Pacífico e Oriente Médio possuem
cobertura equilibrada entre as duas tecnologias, enquanto na Europa
ainda há cerca de 15% com cobertura 2G.
Considerando apenas a conectividade nos vagões, a América Latina tem cobertura em 50% dos sistemas.
Dentre os metrôs que contam com essa cobertura, cerca de 30% possuem conectividade total e 20% parcial.
Na região, segundo o estudo, 100% da cobertura (total ou parcial) é realizada com a tecnologia 3G.
Note-se que na América do Norte (50%), Europa (10%) e Ásia-Pacífico (cerca de 15%) ainda há a presença de conexão 2G.
Cerca de 60% dos sistemas possuem cobertura total.
Dentre os 40% que oferecem cobertura parcial, o Brasil
aparece em dois extremos: Rio de Janeiro aparece entre as cidades que
possuem menos de 25% de estações conectadas (ao lado de Marselha,
Atenas, Roterdã, Vancouver e Nova York), enquanto na categoria dos que
possuem mais de 75% das estações com conectividade, São Paulo figura ao
lado de Buenos Aires e Filadélfia.
O modelo de negócios é, na maioria (84%), de responsabilidade das companhias de telecomunicações.
A competição acontece na maioria dos casos, sendo que 21%
dos metrôs possuem conexão com apenas uma operadora, outros 21% com
duas, novamente 21% com três operadoras, e 34% com mais de três empresas
prestadoras de serviço.
Futuro
Segundo o levantamento da New Cities Foundation e da
Ericsson, 83% dos sistemas de transporte metroviário na América Latina
têm previsão de expansão da conectividade.
Novamente, trata-se do mesmo percentual da América do Norte.
No entanto, em se tratando de instalação de infraestrutura
de rede para linhas existentes, há 50% de incerteza na América Latina.
A região tem ainda mais incerteza em planejamento para novas linhas: 80% afirmaram não saber se haverá ou não conexão.
Fonte da Notícia: Revista Exame
Imagem de Via Trólebus
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