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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Tribunal de Justiça diz que multa por Greve no Metrô deve ser julgada por Vara do Trabalho

Manifestante pula a catraca da estação de metrô Ana Rosa nesta segunda (Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters)
Passageiros pulam catracas para entrarem a força no Metrô durante Greve no mês passado
O Tribunal de Justiça rejeitou o pedido Ministério Público de aplicação de multa no valor de R$ 354,4 milhões ao Sindicato dos Metroviários pelos danos morais causados à população no período da paralisação da categoria, entre os dias 5 a 9 de junho deste ano em São Paulo. A greve foi a mais longa na história do Metrô.

Segundo o TJ, cabe à Justiça do Trabalho julgar a ação e por isso o processo foi encaminhado. O MP informou que vai recorrer da decisão até o fim desta semana.

No despacho, de 10 de julho, o juiz Carlos Goldman afirmou que, desde 2004 uma emenda constitucional define que a Justiça do Trabalho seja competente para julgar as ações fundadas no exercício da greve, inclusive as que tenham por objetivo coibir atos antissindicais e reparar dados sofridos pela população.

O juiz disse não ter competência para analisar o pedido e encaminhou o processo. Ao G1, o promotor Mauricio Ribeiro Lopes, autor da ação, afirmou que irá se basear em outras decisões da Justiça Estadual de casos de greves exercidas de forma abusiva para entrar com o recurso no TJ.

Segundo a Promotoria, a paralisação foi deflagrada sem que houvesse aviso à CET e Polícia Militar, “causando prejuízos a pelo menos 7,1 milhões de usuários durante o período da paralisação”.

A greve com duração de cinco dias, a mais longa na história do Metrô, foi suspensa após ser considerada abusiva pela Justiça do Trabalho e 42 funcionários serem demitidos.

O MP pede a aplicação de multa equivalente a 3,33% do salário mínimo para os 7.177.932 que, segundo cálculos do Metrô, foram afetadas diretamente pela greve, e o mesmo valor em razão dos transtornos causados a toda população paulistana, o que totaliza R$ 354.406.998,32 de multa indenizatória.

O promotor Maurício Lopes também havia pedido uma liminar que decretasse o bloqueio de contas bancárias do Sindicato dos Metroviários, para garantir o pagamento da multa em caso de condenação ao final da ação.

Já o secretário geral da entidade, Alex Fernandes, disse que o sindicato irá recorrer caso o pedido de indenização seja aceito. “Obviamente não vamos aceitar uma multa absurda dessa. Vamos recorrer", defendeu.

Fonte da Notícia e Imagem: G1

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