O
Estado apurou que os dois são seguranças e um deles trabalha na Linha
3-Vermelha, a mais superlotada do sistema. Segundo fontes no sindicato,
esses dois funcionários não participaram das mobilizações em torno da
greve. Uma confusão com seus sobrenomes, no entanto, fez com que o
Metrô, que é controlado pelo governo do Estado, os incluísse na lista de
demitidos. Eles recorreram em um processo administrativo interno e
acabaram reincorporados.
Na
época das demissões, o Metrô alegou que os demitidos se envolveram em
quebra-quebra na Estação Ana Rosa, quando a Tropa de Choque da Polícia
Militar invadiu o local para dispersar os manifestantes. Já o sindicato
sempre defendeu que as demissões foram arbitrárias, porque os demitidos
teriam sido escolhidos entre diretores ativos da entidade, numa decisão
política. "As demissões foram contra o direito de greve", informou o
sindicato em junho.
Em
uma audiência de conciliação entre as partes durante a greve na DRT, no centro, o presidente do Metrô,
Luiz Antonio Carvalho Pacheco, chegou a admitir a possibilidade de não
demitir 40 dos 42 dispensados. Entretanto, pouco depois, uma ordem do
Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo Geraldo Alckmin,
desautorizou a recontratação de qualquer demitido.
O
próprio governador reiteradamente se mostrou contrário à possibilidade
de recontratações em entrevistas ao longo de junho. Diversos movimentos
sociais, assim como todas as centrais sindicais do País, divulgaram
apoio à causa dos metroviários demitidos, criticando a postura de
Alckmin, que classificaram de intransigente e até autoritária.
Hoje, os outros 40 demitidos ingressarão conjuntamente com
processos judiciais para tentar reverter a decisão do Metrô.
Fonte da Notícia: O Estado de São Paulo
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