Grupo protesta contra a criação de vagão feminino nos trens fixando adesivos neles
|
“Era de manhã, quase sete horas, e já estava chegando a Guaianazes. Eu ia para o trabalho quando um homem encostou-se em mim. Ficou atrás e permaneceu muito perto. Isso me incomodou. Pedi para sair só que ele se negou e só saiu quando chegamos à estação. Me senti ofendida”.
O relato da empregada doméstica Valdineia de Sousa, de 43 anos, moradora de Mogi das Cruzes, que usa todos os dias as composições da CPTM com destino à Capital, é um dos diversos casos vividos por muitas mulheres em São Paulo.
Para evitar novos problemas, um projeto de lei, se sancionado pelo Governador Geraldo Alckmin, pode criar vagões exclusivos para mulheres.
A medida gera discussão até mesmo entre as passageiras. A maior parte, claro, é favorável à proposta. “Eu perguntei a ele ‘o senhor é casado?’. Ele me respondeu ‘sou sim’. Eu disse ‘eu também, então sai de trás de mim, por favor’. Só que ele não saiu, continuou atrás. Na hora, ele alegou que o vagão estava superlotado e não tinha como se mexer. Mas ele tinha sim, só não quis. É desagradável. Tomara que dê certo e que tenhamos um lugar sem homens nos assediando”, opinou. Ela não quis comunicar o caso aos agentes de estação por conta da movimentação e da pressa para ir ao trabalho.
O projeto de lei é do Deputado Estadual Jorge Caruso, aprovado no início deste mês, e depois encaminhado para o Governador Geraldo Alckmin (que pode sancionar ou vetar a proposta. O parlamentar acredita que o tucano deva aceitar a medida.
A aposentada Lenice da Silva Oliveira, 64, ressalta que falta educação. “Os homens não estão mais respeitando como antes. É uma saída muito boa para aliviar esses casos de assédio. Eu já vi alguns abusos e creio que falta coragem para as mulheres se posicionarem contra os mandos e desmandos dos homens”, comentou.
Fonte da Notícia: Diário de Mogi
Imagem de Gabriel Ramos
Fonte da Notícia: Diário de Mogi
Imagem de Gabriel Ramos
Nenhum comentário:
Postar um comentário