Cumprindo a orientação do Palácio do Planalto, a base aliada
conseguiu na noite de ontem, a criação de uma nova CPI
mista, desta vez para investigar irregularidades nas obras do Metrô de
São Paulo e do Distrito Federal. Em paralelo, o presidente do Senado,
Renan Calheiros pediu aos líderes indicações dos integrantes
da CPI mista que vai investigar a Petrobrás cedendo a ameaças da
oposição.
Eram necessárias, respectivamente,
171 e 27 assinaturas. O objetivo é desgastar o PSDB, que governa o
Estado de São Paulo desde 1995, e o DEM, que governou o Distrito Federal
entre 2007 e 2010.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga, disse que o
governo resistiu à esta CPI mista do Metrô, mas foi obrigado a dar uma
resposta à oposição. "Já que a oposição que fazer palanque político para
discutir possíveis desvios de recursos públicos, porque não discutir os
desvios que aconteceram ou possivelmente tenham acontecido no Metrô de
São Paulo, seja na Abreu e Lima, seja em recursos da Petrobrás,
repassados para governos estaduais?", indagou.
Embora afirme a necessidade de investigar "todos os ilícitos", a
ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma e senadora Gleisi Hoffmann admite que qualquer CPI em andamento no Congresso esse ano será,
necessariamente, contaminada com interesses eleitorais.
O único tucano a apoiar a CPMI do Metrô foi justamente o Senador
Aécio Neves, pré-candidato à Presidência da República. Para ele, a
iniciativa da base ocorre tardiamente. "A base aliada tem toda
legitimidade para fazê-lo. Lamento até que venha com enorme atraso. Se
essas denúncias que estão aí há anos circulando incomodassem realmente o
PT, já poderia ter feito isso", comentou.
Ao contrário de Aécio, o líder tucano no Senado, Aloysio Nunes,
chegou a aderir à investigação, mas recuou. Ele disse ter assinado o
documento por engano, já que discorda da amplitude do objeto proposto.
O pedido de investigação defendido pelo governo foi lido na sessão do
Congresso e deve ser publicado em diário oficial. O próximo passo é a
indicação dos membros para a instalação da investigação.
Fonte da Notícia: O Estado de São Paulo
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