Ônibus ficaram sem funcionar no Term Parque D. Pedro |
Esta semana o passageiro do transporte paulista sofreu na pele o caos
no transporte público. Com a greve já anunciada tempos atrás, dezenas
de viações da região metropolitana de São Paulo tiveram suas atividades
paralisadas, muitas delas feitas sem o consentimento dos sindicatos.
Acompanhe
Segunda-feira. Tudo estava “sobre controle”
O Sindimotoristas, categoria que representa os motoristas e
cobradores de ônibus, e o sindicato dos empresários chegam a um acordo
de reajuste, e afastam a possibilidade de greve.
Terça-feira. O caos na Estação Pinheiros
Uma ala dissidente do sindicato não concorda com o acordo e inicia um
protesto no centro de São Paulo. No mesmo dia a manifestação se
alastrou por diversas regiões, e 16 terminais foram fechados.
Passageiros tiveram que descer no meio do caminho. Há relatos que
pessoas armadas ordenaram o desembarque dos passageiros. Muitas viações
recolheram os veículos antes do previsto.
Talvez a imagem que mais ficou na cabeças das pessoas foi o caos na
estação Pinheiros, onde muitos usuários que não tinham o ônibus migraram
para o já lotado sistema metroferroviário. O resultado? Veja:
Quarta-feira. Haddad fala em sabotagem
A maior cidade do Brasil amanhece com 12 garagens paradas, das
seguintes empresas: Viação Sambaíba, Gato Preto, Via Sul, Santa Brigida,
Vip Transportes e Campo Belo. Apesar da greve, o Sindimotoristas não
assume a autoria da paralisação. No fim da tarde, grevistas chegam a um
acordo com a prefeitura, e anunciam o fim da greve.
A greve chega também as cidades que rodeiam a capital, na região
Metropoloitana de São Paulo, como Osasco, Taboão da Serra e Itapecerica.
O promotor Saad Mazloum, do Ministério Público do Estado de São
Paulo, abriu um inquérito para apurar as responsabilidades e as
irregularidades cometidas pelo grupo que paralisou parte dos serviços de
transportes coletivos na Capital Paulista. O prefeito Fernando Haddad,
disse que o movimento de greve é “inesperado, incompreensível e
inadmissível”. Haddad ainda disse que “mesmo que a causa fosse justa – e
eu desconheço a causa, pois não houve nenhum pedido formal – esta não
seria a melhor forma de protestar”. O prefeito classificou o movimento
como desconhecido.
Quinta-feira. Greve se alastra para cidade vizinhas de São Paulo
São Paulo começa o dia com greve em duas empresas: Santa Brígida, que
concentra a maior parte dos motoristas que não concordam com o
sindicato e Gato Preto. Ainda pela manhã, ambas as empresas voltam a
operação, porem com escolta policial.
A greve segue em algumas cidades da Região Metropolitana de São
Paulo: Diadema, São Bernardo do Campo, Osasco e Itapecerica da Serra,
Sexta-Feira. Viação Osasco segue em greve
Em Osasco cerca de 600 veículos estão presos na garagem da viação
Osasco –responsável por quase 100% do transporte coletivo na cidade–, em
Diadema há 250 ônibus da MobiBrasil parados no pátio da viação Diadema,
que toma conta de 60% das linhas de transporte local e da vizinha São
Bernardo do Campo.
Sábado. Greve continua na parte da manhã
A paralisação seguiu pela manhã na viação Osasco, que possui 177
ônibus e atende a linhas municipais de Osasco, alem de ligações
intermunicipais entre a cidade e Carapicuíba, Barueri, Santana de
Parnaíba, Itapevi, Jandira, Cotia, Pirapora do Bom Jesus e na zona Oeste
de São Paulo. Ainda pela manhã os trabalhadores aceitaram acordo e
voltaram ao trabalho.
Afinal, quem articulou a greve?
Prefeitura e sindicato afirmam que movimento inesperado começou entre
motoristas da Viação Santa Brígida, no Centro. Depois, profissionais
relataram ter sido avisados através do boca a boca que terminais foram
bloqueados por ônibus. Alguns tiveram os pneus esvaziados.
Quem são os lideres deste movimento?
Ninguém sabe ao certo. O Ministério Público e Polícia Civil apuram
quem são os responsáveis. O sindicato dos motoristas diz que os
responsáveis pela paralisação são integrantes de chapa de oposição.
Entretanto, o Gerente da Santa Brígida, Danilo Alves dos Santos afirmou à Rádio CBN que pessoas que nunca pertenceram à empresa usaram uniformes
da Santa Brígida e paravam os ônibus nas ruas e na porta das garagens.
Fonte da Notícia e Imagem: Via Trólebus
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