Vinte e seis homens com idades predominantemente
entre 25 e 30 anos foram presos, desde o início do ano, suspeitos de
crime de assédio sexual em trens do Metrô ou da CPTM contra mulheres e até contra um homem.
Desses, "grande parte" tem curso superior e prefere atuar nas linhas
3-Vermelha do Metrô, ou 7-Rubi e 11-Coral, da CPTM.
A
informação é do delegado Osvaldo Nico Gonçalves, divisionário da Deatur, responsável pela Delpom. Nas últimas semanas, o
órgão se viu às voltas com uma onda de denúncias de vítimas da ação dos
"encoxadores", como os abusadores ficaram popularmente conhecidos.
De
acordo com o delegado, nos próximos dias será mantida a estratégia de
se infiltrarem agentes da polícia e da Guarda Civil Metropolitana nos
vagões em busca de flagrantes dos “encoxadores”.
"Esse
é um tipo de ação que tem ajudado muito a identificar esses abusadores,
vamos continuar. Agentes do Metrô e da CPTM também têm auxiliado
bastante a Polícia Civil nas investigações", declarou Gonçalves.
Indagado
sobre o caso que mais surpreendeu, na recente onda de ataques, o
policial foi taxativo: "Sem dúvida, a do rapaz que ejaculou sobre a
vítima dentro do vagão. Temos vários casos, em geral de homens de 25 a
30 anos, muitos com diploma de ensino superior, e inclusive uma vítima
do sexo masculino. Mas aquele caso chocou."
O
delegado se referiu ao caso de uma vítima de 30 anos atacada no último
dia 19 na estação Sé, na Linha 3-Vermelha do Metrô. Ela afirmou à
polícia que foi atacada por um rapaz, engenheiro de 26 anos, durante o
empurra-empurra na plataforma da estação. Preso, o rapaz negou a ação,
mas foi reconhecido pela vítima. Ele vai responder pelo crime de
importunação ofensiva ao pudor. Na mesma semana, outros casos foram
registrados em estações do metrô, como a Luz, e na CPTM.
A orientação da polícia é para que a vítima desse tipo de abordagem vá até uma delegacia e preste queixa.
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