A Alstom negou nesta sexta-feira que o sistema chamado
de CBTC, criado para solucionar a superlotação no Metrô de São Paulo,
principalmente nos horários de pico, não funcione. O Metrô anunciou na
quinta-feira que não irá suspender o contrato com a Alstom para a
implantação do sistema.
O entendimento para a implementação do CBTC entre o
governo paulista e a francesa Alstom foi firmado em 2008, durante a
administração de José Serra (PSDB), ao custo de R$ 726 milhões. O
sistema deveria solucionar a superlotação, principalmente nos horários
de pico, por meio de intervalos menores entre os trens. No entanto, o
modelo ficou conhecido pelas constantes falhas no controle e
monitoramento das composições – alguns trens chegam a sumir no sistema.
A Alstom afirmou em nota que "o sistema está funcionando
corretamente na Linha 2 e a execução do contrato para modernização da
sinalização está em andamento, com conclusão prevista de acordo com as
condições apropriadas para alcançar a melhor solução". "A Alstom afirmou
em nota que "o sistema está funcionando corretamente na Linha 2 e a
execução do contrato para modernização da sinalização está em andamento,
com conclusão prevista de acordo com as condições apropriadas para
alcançar a melhor solução", diz a nota.
A direção do Metrô afirmou que aplicou multas de R$ 77
milhões à empresa multinacional por conta no atraso da implementação
total do sistema, que deveria ter acontecido em 2010, e suspendeu os
pagamentos em um ano. A Alstom também é investigada por subornos a
políticos e funcionários do governo paulista, além da suposta
participação em cartel para conseguir contratos no sistema de
transportes de São Paulo.
Leia a nota da Alstom na íntegra:
A Alstom informa que o sistema está funcionando
corretamente na Linha 2 e a execução do contrato para modernização da
sinalização está em andamento, com conclusão prevista de acordo com as
condições apropriadas para alcançar a melhor solução.
A extensão da Linha 2 (entre Sacomã e Vila Prudente)
está sendo operada utilizando o sistema CBTC desde 2010 e desde o
último 25 de agosto de 2013, a Linha 2 em toda a sua extensão (Vila
Madalena a Vila Prudente) vem sendo operada em CBTC durante todos os
domingos, operação esta com passageiros e de acordo com as expectativas
do cliente. Esta operação aos domingos faz parte da fase de implantação,
sendo que a operação durante os demais dias da semana se dará assim que
o Metrô e a Alstom o tiverem definido.
Devido à complexidade do sistema de modernização das
linhas 1, 2 e 3 e considerando as solicitações do cliente, foi decidido
adaptar sua implementação operacional num processo considerando
diversas fases.
Este contrato foi o primeiro projeto de implantação
de um sistema CBTC em uma linha em operação. A decisão de atender tal
proposta por parte da Alstom vem de sua experiência nesta área em outras
regiões do mundo, já tendo implantado o mesmo sistema com sucesso em
mais de 50 metrôs em países como Suíça, China, Itália, México e
Singapura.
A Alstom já forneceu trens e/ou sistemas de
sinalização e energia que estão em operação nas linhas 1, 2, 3 e 5 do
Metrô de São Paulo, que juntas transportam quase 4 milhões de pessoas
por dia.
A empresa está presente no Brasil há quase 60 anos e
emprega mais de 5 mil pessoas que constroem soluções para a mobilidade
urbana de São Paulo e outros Estados diariamente.
Fonte da Notícia: Portal Terra
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