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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

MPE pede ao Metrô que suspenda contrato de reforma de composições antigas

Composição Antiga do Metrô de São Paulo (Frota D)
Depois das notícias sobre os supostos cartéis no governo do estado de São Paulo envolvendo a CPTM e o Metrô, o MPE solicitou nesta terça-feira, dia 3, a suspensão de seis contratos de reforma de trens das linhas 1 e 3. Tratam-se das modernizações dos trens que correspondem as frotas I, J, K e L.

Os contratos foram assinados entre 2008 e 2010, e segundo o MPE, somam R$ 2,47 bilhões. Segundo o promotor Marcelo Milani, que investiga a possível improbidade administrativa na execução dos contratos, o objetivo é convencer o governo a abrir sindicância para que seja feita a apuração de supostos prejuízos. O promotor ainda alega que que os valores das reformas dos trens teriam ficado semelhante ao preço de trens novos. Além disso, problemas técnicos foram constatados, segundo o MPE, nos trens reformados em vistoria feita nos pátios do Metrô. Os problemas teriam obrigado que 36 composições permanecessem paralisadas naquelas duas linhas.

De acordo com o jornal “O Estado de São Paulo“, o presidente do Metrô, Luis Antonio Carvalho Pacheco, disse que a empresa vai analisar as recomendações feitas pelo Ministério Público e vai comparecer a uma nova reunião na promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social na próxima. Pacheco defendeu os contratos em vigência e afirmou que há justificativas técnicas para todos os preços praticados nos contratos. “A reforma dos trens ficou 60% do preço da compra de trens novos usando valores de contratos assinados pelo metrô em 2007. Se usarmos como referência os valores de 2010, a reforma custaria 80% do preço dos trens novos”, disse. O presidente do Metrô afirmou, no entanto, “que nosso costume é acatar as recomendações da Justiça”.

Sobre a reforma

O Metrô de São Paulo esta reformando 98 trens das linhas 1 e 3, das séries A, C e D que viraram I, J, K e L respectivamente. Estão sendo instalados nos trens modernizados ar condicionado com reforço na estrutura do carro de passageiro; troca do sistema de tração (contínua para alternada), trazendo melhor desempenho e economia de energia; modernização e revisão geral dos truques para receber novo sistema de tração; troca da alimentação elétrica auxiliar do trem, com instalação de novos conversores; implantação de um sistema de televisão para uso interno nos carros de passageiros; colocação de um sistema de proteção contra incêndios; e modernização do sistema de portas e suprimento de ar.

Em 2008, era prometido a conclusão da reforma dos 98 trens para 2014. Mas em dezembro de 2013, 46 composições antigas ainda prestam serviços.

Fonte da Notícia: Estadão/Via Trólebus

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