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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Usuário do Metrô de São Paulo perde em média R$ 111 por dia no sistema

Com o número de passageiros batendo recordes todo ano, o Metrô de São Paulo é o terreno perfeito para se perder umas moedas, umas notas ou uma carteira inteira. Parte desse dinheiro é guardado. Somente entre 2010 e 2012, foram recolhidos R$ 122 mil, o suficiente para um usuário viajar 36 anos fazendo a integração de metrô com ônibus todos os dias, indo e voltando do trabalho e pagando tarifa integral. O valor equivale a cerca de R$ 111 por dia nesse período de três anos. O valor divulgado pela empresa é o recolhido e não o efetivamente perdido, pois parte não conhecida vai para o bolso de outros usuários.

Desses R$ 122 mil, R$ 53,6 mil foram enviados ao Fussesp (Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo). Os R$ 68,4 mil restantes foram devolvidos para os donos, segundo o Metrô.

Os dados foram obtidos pelo Uol por meio da Lei de Acesso à Informação e se referem ao Metrô, estatal que administra todas as linhas do sistema menos a Amarela.

Segundo o Metrô, para saber exatamente de quem é esse dinheiro, as notas são guardadas num cofre na seção de achados e perdidos com anotações que indicam onde e como ele foi encontrado.

Um bolo de R$ 7 perdido num carro da linha amarela é guardado separadamente de um bolo de R$ 200 perdido perto da escada rolante da estação Sé, por exemplo. Uma etiqueta conta a "história" de cada soma de dinheiro até chegar na seção de achados e perdidos.

O dono que procurar os R$ 7 tem de contar exatamente onde perdeu o dinheiro e a proporção de notas que compõem o bolo --se era uma de R$ 5 e outra de R$ 2, ou 700 moedas de 10 centavos, por exemplo.

O dinheiro fica guardado por 60 dias num cofre cujo local exato o Metrô não revela. Depois disso, é encaminhado para o Fussesp, que apoia entidades e ações como a campanha do agasalho.

Em três anos, 190 mil objetos foram guardados pelo Metrô

Entre 2010 e 2012, 423 mil pessoas procuraram a central de informações do Metrô, por telefone ou pessoalmente, buscando não só dinheiro, como objetos e documentos.
Nessa época, 190 mil objetos foram guardados pela empresa. Desses, 60 mil foram devolvidos. O resto foi para o Fussesp, que os encaminha para entidades de caridade associadas, ou foi descartado por não ter valor. Além deles, 22,1 mil documentos voltaram para seus órgãos emissores durante os três anos.

Os objetos que mais voltaram para os donos foram os telefones. 71% foram devolvidos em 2012. Quem perdeu outros tipos de artigos classificados como eletrônicos, que vão de pilhas a furadeiras,  teve bem menos sorte: de todos os encontrados pelo Metrô, apenas 45% foram devolvidos.

Além deles, 50% dos artigos classificados como esportivos, como varas de pescar, bolas, skates e bicicletas e 54% dos classificados como de escritório, como cadernos, lápis e agendas, encontrados pelo Metrô foram devolvidos para os donos em 2012.

Fonte da Notícia: Uol

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