Pesquisa

segunda-feira, 17 de junho de 2013

São Paulo teria 30% a mais de Poluição se o Metrô não existisse

O ar na capital paulista seria, em média, 30% mais poluído caso o metrô, que transporta diariamente 4 milhões de passageiros, não existisse. O resultado foi obtido por meio de uma simulação feita pela Unifesp que mostra aumento nas concentrações dos poluentes no ar, principalmente de material particulado.

Responsável pela pesquisa, a professora do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Simone Georges Miraglia explica que esse percentual foi obtido em determinadas condições meteorológicas, que podem variar conforme o dia.

A pesquisa, intitulada Os Efeitos Positivos em Saúde devido ao Transporte Urbano sobre Trilhos – Estudo de Caso para São Paulo, foi apresentada durante workshop promovido dia 07.06.2013 na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. Foram divulgados também estudos envolvendo os impactos da existência do metrô na capital paulista sob vários aspectos, como economia, acessibilidade e saúde.

De acordo com Simone, a análise, feita durante a década de 2000, comparou a qualidade do ar entre os dias em que o metrô funcionou normalmente e aqueles em que o transporte foi afetado por greves, ocorridas em 2003 e 2006. "O serviço do metrô leva a uma não emissão de poluentes significativa", destacou a pesquisadora.

Os levantamentos usaram as medições de qualidade do ar fornecidos pela Cetesb, além de dados do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade no Município de São Paulo (PRO-AIM).

Simone explica que, nos dias em que a cidade fica sem o metrô, há aumento considerável nos atedimentos em prontos-socorros e nas internações hospitalares. "Em qualquer evento em que a gente tem aumento das concentrações de poluentes atmosféricos, existem diversos efeitos indesejáveis na saúde, entre eles, aumento da incidência de doenças respiratórias, cardiovasculares e problemas oftalmológicos", explica. Segundo ela, o município também registra elevação do nível de mortalidade, em decorrência de complicações das doenças que pioram com poluição do ar.
 
Fonte da Notícia: Portal UOL

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