"Já estamos desenvolvendo o
projeto de mais cinco estações", afirmou o governador, acrescentando que a
escolha do modal monotrilho se deve pelo fato de esse tipo de obra ser mais
rápida de ser executada que um sistema metroviário comum. Além disso, Alckmin
alegou que a quantidade de passageiros não será tão grande. "Como é final da
linha, você não tem mesma demanda.
As paradas mencionadas na
quarta-feira (30) são Morro Grande, Velha Campinas, Centro de Convenções
Pirituba, Vila Clarice e Bandeirantes. Mas o governo frisou que o benefício para
os moradores dessa região da cidade, carente de transporte público de qualidade,
só se materializará nesta década se São Paulo for escolhida a sede da Feira
Mundial de 2020 - o terceiro maior evento do planeta, atrás apenas da Copa da
Fifa e da Olimpíada. O resultado deve sair no fim deste ano.
Isso porque o provável
monotrilho passaria pelo centro de exposições que o poder público quer construir
em um terreno de 5 milhões de metros quadrados em Pirituba, na zona norte. Esse
complexo será a sede da Expo 2020, caso a cidade seja eleita.
O secretário dos Transportes
Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou que, se essa extensão da linha sair
do papel, a Estação Vila Clarice da Linha 7-Rubi da CPTM será reformulada, ganhando uma terceira plataforma, só
para trens usados nos eventos da feira. O dirigente disse que se São Paulo
perder a Expo 2020 terá "de repensar as prioridades" para fazer esse
ramal.
Mas quem vive na região
reclama da atual rede de transportes sobre trilhos, restrita à Linha 7. "O
senhor tem de pegar o trem para saber, é péssimo!", gritou um morador para
Alckmin.
Outra estação da Linha
6-Laranja pode ter a sua localização final alterada pelo Metrô. Trata-se da
parada Brasilândia, a ser construída na Estrada do Sabão, na zona norte.
Moradores do bairro querem evitar um número grande de desapropriados e, para
isso, solicitaram ao Governador Geraldo Alckmin o deslocamento da obra
para um terreno a 150 metros do previsto no projeto
É o que explica Walter Giacon,
diretor da Sociedade Amigos do Jardim Guaraú e Gonçalves Centeno, que conseguiu
uma audiência particular com Alckmin na manhã de quarta-feira (30) na Escola
Estadual Cacilda Becker, onde houve a cerimônia para o lançamento do edital para
a construção da linha.
"Tem como fazer essa estação
sem desapropriar 300 famílias em dois quarteirões", diz ele, explicando que o
número de imóveis afetados pelo decreto de utilidade pública, editado em maio de
2012, é menor que a quantidade real de residências existentes no espaço
destinado à Estação Brasilândia. "São 80 casas, mas cada uma delas tem vários
puxadinhos. Na minha própria casa existem cinco famílias.
Depois da pressão de Giacon, o
Metrô agendou para esta quinta-feira uma reunião entre seus técnicos e
representantes do bairro. "O governador foi muito atencioso e colocou o Metrô
para nos ouvir e rever essa situação. Ele mesmo disse que ainda dá tempo." A
intenção é fazer com que as obras ocupem um terreno vazio de 14 mil metros
quadrados, poucas quadras mais para cima, na Estrada do Sabão.
"Fora que ali a densidade
demográfica é maior, de 13,5 mil pessoas por quilômetro quadrado, sendo que no
entorno de onde queriam fazer a estação são 6,5 mil." Giacon diz que a
associação entrou com representação no Ministério Público.
Angélica
Em 2011, alguns moradores de
Higienópolis, na região central, reclamaram da localização da Estação Angélica,
na mesma linha. Tempos depois, o Metrô a retirou da esquina da Rua Sergipe. A
empresa nega relação com a queixa de vizinhos
Em nota, o Metrô informou que
só o projeto executivo feito pela vencedora da licitação da Parceria
Público-Privada da Linha 6, a ser definido neste ano, "trará o detalhamento de
quais terrenos efetivamente serão desapropriados".
O
FERROVIÁRO, UMA NOVELA SOBRE TRENS. DE SEGUNDA A SEXTA NO BLOG JORNAL DA CPTM. www.jornaldacptm.blogspot.com.br
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