Representantes da Prefeitura de São Paulo, de
universidades e da sociedade civil se reuniram para traçar o plano de uma cidade
melhor. Uma das metas do projeto "SP 2040" estabelece que ninguém gaste mais de
30 minutos nos percursos de ida e de volta ao trabalho.
Hoje, a capital tem 74 km de Metrô. Para que os
deslocamentos possam ocorrer em até 30 minutos, é preciso ter 264 km de trilhos.
Para ampliar a rede, que inclui a CPTM, serão necessários quase R$ 235 bilhões.
Também é necessário investir em ônibus e até no transporte não motorizado para
incentivar quem quer ir de bicicleta ou a pé. Outro objetivo importante é
aproximar os empregos das residências. Assim, o morador não precisa fazer longas
viagens todo dia.
O desenvolvimento de uma cidade não vem se não
tiver planejamento. Assim como Nova York, Londres, Paris, Hong Kong e Chicago, a
Prefeitura de São Paulo reuniu setores representativos da sociedade para pensar
a cidade de 2040. Para traçar esse plano estratégico de longo prazo para a
capital participaram das discussões 30 especialistas da USP e da Universidade
Mackenzie, oito consultores internacionais, 50 técnicos da Prefeitura e 25 mil
cidadãos.
São Paulo é a cidade da correria, onde não
adianta ter pressa. Quem marca horário para um compromisso sabe que pode chegar
atrasado porque pegar trânsito no caminho é quase regra. Então, que tal viver em
uma cidade de 30 minutos, onde nenhum deslocamento demore mais do que meia hora?
A Pesquisa Origem Destino mostra que ir de um lugar para outro leva uma média de
49 minutos, um período que aumento em muito em diversos casos. A velocidade
média nos corredores de ônibus da cidade é de 21 km/h.
Mas a situação não melhora muito com o carro.
Um cálculo feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e que mostrou a
velocidade média em São Paulo em 2011, concluiu que no horário de pico da tarde
os motoristas andam a 21,46 km/h. Só um pouco mais rápido que os ônibus.
Quem fica em São Paulo nos feriados prolongados
percebe a diferença no trânsito e no transporte público em geral. Para que em
2040 essa situação seja parecida, a capital não pode andar sozinha. Serão
necessários investimentos e integração da Prefeitura, do estado e do governo
federal
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