O Metrô está com edital aberto para contratar
serviço de inspeção das linhas com o uso de ultrassom. O equipamento é similar
ao de exames de diagnósticos utilizados principalmente por gestantes. No
momento, o Metrô está contratando este tipo de serviço porque não dispõe de
veículo de inspeção ultrassônica dinâmica.
Com o uso deste equipamento, o Metrô irá
verificar os defeitos internos de 137 km de extensão de vias das Linhas 1 Azul,
2 Verde, 3 Vermelha e 5 Lilás. Se a qualidade dos trilhos não for diagnosticada
de forma precisa, podem surgir trincas e rachaduras capazes de interferir na
circulação dos trens. A identificação apontada pela inspeção ultrassônica
permite que a equipe de manutenção se antecipe e realize as substituições
necessárias dos trilhos e soldas defeituosos.
A manutenção preventiva nos trilhos por meio de
ultrassom acontece no Metrô desde o início da década de 90. Essa forma de
manutenção também é utilizada em metrôs de todo o mundo, sendo aplicada com
diferentes graus de complexidade.
A principal diferença entre os dois tipos de
ultrassom é que o veicular somente detecta a descontinuidade nos trilhos,
enquanto que a inspeção ultrassônica manual identifica com detalhamento os
trilhos e permite uma tomada de decisão mais precisa por parte da equipe de
manutenção. Em ambos os equipamentos é emitido um relatório sobre as condições
da via analisada.
Inspeção dos trilhos
Para definir se um trilho deve ou não ser
trocado, a equipe de manutenção realiza um acompanhamento detalhado de suas
condições. Todas as noites, inspetores de equipamentos de via caminham por
quilômetros para checar, com auxílio de instrumentação apropriada, como o
ultrassom, se algum trilho apresenta deformidades ou desgastes.
Quando as equipes verificam que os trilhos
estão com ondulações é realizada uma usinagem por meio do trem esmerilhador para
adequar o trilho aos padrões originais e se o desgaste estiver próximo dos
limites máximos especificados, eles são substituídos
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