Pesquisa

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Grandes Marcas investem em Metrô

As estações de metrô de São Paulo e do Rio de Janeiro estão cada vez mais parecidas com um shopping center. As empresas que administram o serviço têm se esforçado para substituir as lojas de pequenos comerciantes por pontos de venda de grandes marcas e empresas, como Havaianas, TAM, O Boticário e TIM. O movimento está só no começo. A ideia é fazer com que o cliente possa comprar de tudo - de medicamentos a vestido de noiva - no subterrâneo das estações.

As áreas destinadas a lojas passaram a ficar mais atrativas à medida que o interesse das grandes empresas pelo consumidor da classe C foi crescendo. Ao mesmo tempo, as concessionárias do serviço de metrô aprimoraram suas estratégias comerciais para atrair varejistas de mais peso. O metrô de São Paulo, por exemplo, tem uma licitação aberta para alugar cerca de 100 lojas em 2013. Hoje, há aproximadamente 200 lojas disponíveis nas estações, mas só metade está ocupada.

A concessão será feita em lotes e não individualmente, formato que favorece as grandes redes. "Queremos atrair as grandes empresas para o metrô porque é melhor até para os consumidores. Fizemos pesquisas e vimos que isso é um desejo do passageiro", disse o gerente de negócios do Metrô, Aluizio Gibson.

A empresa definiu também a que segmentos se destinam cada lote -há espaço para redes de calçados, drogarias, cosméticos e até roupas de noiva. O Metrô Rio também passa por um movimento similar. Na metade do ano passado, a empresa começou a reformular seu departamento comercial e contratou profissionais da área de shopping center.

"Fizemos um planejamento comercial do espaço e passamos a visitar os grandes nomes do varejo", disse a gerente comercial e de marketing do Metrô Rio, Eliza Santos. "Estamos em uma fase de qualificação do mix. As grandes empresas vão ocupar o espaço dos pequenos varejistas aos poucos."

A alto fluxo de pessoas é o atrativo do espaço para o varejo. Todos os dias passam pelas estações paulistanas 4,2 milhões de passageiros. No metro carioca, são 700 mil pessoas diariamente. A intenção das empresas é fazer com que eles parem para comprar seus produtos no caminho de casa ou do trabalho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário