As estações de metrô de São Paulo e do Rio de
Janeiro estão cada vez mais parecidas com um shopping center. As empresas que
administram o serviço têm se esforçado para substituir as lojas de pequenos
comerciantes por pontos de venda de grandes marcas e empresas, como Havaianas,
TAM, O Boticário e TIM. O movimento está só no começo. A ideia é fazer com que o
cliente possa comprar de tudo - de medicamentos a vestido de noiva - no
subterrâneo das estações.
As áreas destinadas a lojas passaram a ficar
mais atrativas à medida que o interesse das grandes empresas pelo consumidor da
classe C foi crescendo. Ao mesmo tempo, as concessionárias do serviço de metrô
aprimoraram suas estratégias comerciais para atrair varejistas de mais peso. O
metrô de São Paulo, por exemplo, tem uma licitação aberta para alugar cerca de
100 lojas em 2013. Hoje, há aproximadamente 200 lojas disponíveis nas estações,
mas só metade está ocupada.
A concessão será feita em lotes e não
individualmente, formato que favorece as grandes redes. "Queremos atrair as
grandes empresas para o metrô porque é melhor até para os consumidores. Fizemos
pesquisas e vimos que isso é um desejo do passageiro", disse o gerente de
negócios do Metrô, Aluizio Gibson.
A empresa definiu também a que segmentos se
destinam cada lote -há espaço para redes de calçados, drogarias, cosméticos e
até roupas de noiva. O Metrô Rio também passa por um movimento similar. Na
metade do ano passado, a empresa começou a reformular seu departamento comercial
e contratou profissionais da área de shopping center.
"Fizemos um planejamento comercial do espaço e
passamos a visitar os grandes nomes do varejo", disse a gerente comercial e de
marketing do Metrô Rio, Eliza Santos. "Estamos em uma fase de qualificação do
mix. As grandes empresas vão ocupar o espaço dos pequenos varejistas aos
poucos."
A alto fluxo de pessoas é o atrativo do espaço
para o varejo. Todos os dias passam pelas estações paulistanas 4,2 milhões de
passageiros. No metro carioca, são 700 mil pessoas diariamente. A intenção das
empresas é fazer com que eles parem para comprar seus produtos no caminho de
casa ou do trabalho.
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