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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Obras das Linhas 15-Prata e 17-Ouro atrasam e encarecem seu custo

As obras das duas linhas de Monotrilho de São Paulo, a Linha 15-Prata e Linha 17-Ouro do Metrô, tiveram prazo de conclusão adiados, suas extensões reduzidas e uma elevação de preços por quilômetro em até 83%.
 
O prazo para a conclusão dos dois monotrilhos foi adiado. E mesmo quando estiverem prontas, as duas linhas vão ficar menores do que o Governo do Estado prometeu e vão custar mais caro. As informações são do SPTV.
O SPTV faz esta semana uma série de reportagens sobre mobilidade urbana. É o Anda SP, que vau falar das obras do Metrô, corredores e terminais de ônibus que estão atrasadas, paradas ou suspensas na Grande São Paulo.

Na Linha 15-Prata, o trecho entre a Estação Iguatemi, em São Mateus, e a Cidade Tiradentes foi suspenso. São 16 km e 8 estações a menos. O preço do quilômetro da linha subiu 70%, de R$ 206 milhões para R$ 354 milhões.

A Linha 17-Ouro perdeu 10 km e 11 estações. O monotrilho agora vai ligar a Estação Morumbi da CPTM ao Aeroporto de Congonhas e não vai mais até o Estádio do Morumbi nem ao Jabaquara. O preço do quilômetro subiu 83%, de R$ 177 milhões para R$ 325 milhões.

A Linha 15-Prata foi anunciada em grande estilo. Seria o maior sistema de Monotrilhos do Mundo. Ganharia do Metrô em tempo de construção pisca imagens obras paradas e em preço da obra.

A ideia era entregar o trecho até Cidade Tiradentes em 2012. Mas hoje o trem fica nesse vai e volta num trecho de 3 km entras as Estações Oratório e Terminal Vila Prudente.

Para quem mora em um bairro da Zona Leste sobra só o ônibus como opção de transporte público.

O contador Diego da Silva Paixão diz que se pudesse viajar pelo monotrilho seria bem melhor, mais rápido e mais prático.

Outro esqueleto de Monotrilho rasga a Zona Sul. A Linha 17-Ouro, prometida para a Copa do Mundo de 2014, iria ligar o Estádio do Morumbi ao Aeroporto de Congonhas.

Nesse tempo todo, o canteiro de obras já virou abrigo pra usuários de drogas, ponto pra desova de carro roubado, sem falar que rouba uma faixa de cada pista da Avenida Jornalista Roberto Marinho.  Fora o prejuízo que essa obra tá dando para os comerciantes da região.

Na Rua Rafael Iório, no Cambo Belo, a obra esconde uma locadora de carros instalada bem antes da obra do monotrilho começar.

“Isso está atrasando investimentos da nossa parte. A gente quer fazer reforma de loja, a gente quer fazer melhorias aqui, mas a gente não consegue porque a gente não sabe quando acaba esse transtorno que atrapalha essa qualidade de atendimento”, diz o gerente Douglas Vicentini. “A poeira que a obra proporciona deixa os carros mais sujos, eu tive que contratar lavadores de carro pra que o carro saia limpo da loja já”.

Valdir Sampel, do conselho de segurança de São Mateus, por onde vai passar a linha prata, diz que já convidou várias autoridades para participar das reuniões no bairro e que nunca ninguém da secretaria dos transportes metropolitanos apareceu.

“Nós esperávamos por parte do governador que viesse o Metrô. Como o Metrô não veio, veio o monotrilho. Achávamos que iria valorizar a região. Só que não está acontecendo isso. Sentimos que fomos enganados. São só promessas e nada mais”, diz.

O Metrô explicou que o atraso nas obras do Monotrilho na Linha 15-Prata se deu porque os projetos de três estações que ficariam sobre o Córrego da Mooca tiverem de ser refeitos. "Durante o desenvolvimento do projeto básico imaginamos condições que mostraram que as fundações iriam interferir muito com a galeria. Foram condições estabelecidas durante o projeto executivo, que precisou fazer intervenção na galeria", explicou o diretor de engenharia Paulo Sérgio Amalfi Meca.

Na Linha 17-Ouro, segundo o Metrô, o problema foi com as empresas contratadas. "Rescindimos contrato com execução de obras de algumas das estações e do pátio porque as empresas não deram conta de cumprir as suas obrigações", disse o diretor.

Fonte da Notícia: G1-SP

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