O prazo para a conclusão dos dois monotrilhos foi adiado. E mesmo
quando estiverem prontas, as duas linhas vão ficar menores do que o Governo do Estado prometeu e vão custar mais caro. As informações são do
SPTV.
O SPTV faz esta semana uma série de reportagens sobre
mobilidade urbana. É o Anda SP, que vau falar das obras do Metrô,
corredores e terminais de ônibus que estão atrasadas, paradas ou
suspensas na Grande São Paulo.
Na Linha 15-Prata, o trecho entre a Estação Iguatemi, em São Mateus, e a
Cidade Tiradentes foi suspenso. São 16 km e 8 estações a menos. O preço
do quilômetro da linha subiu 70%, de R$ 206 milhões para R$ 354 milhões.
A Linha 17-Ouro perdeu 10 km e 11 estações. O monotrilho agora vai ligar a Estação Morumbi da CPTM ao Aeroporto de Congonhas e não vai mais até o Estádio do Morumbi nem ao Jabaquara. O preço do quilômetro subiu 83%, de R$
177 milhões para R$ 325 milhões.
A Linha 15-Prata foi anunciada em grande estilo. Seria o maior sistema de Monotrilhos do Mundo. Ganharia do Metrô em tempo de construção pisca
imagens obras paradas e em preço da obra.
A ideia era entregar o trecho até Cidade Tiradentes em 2012. Mas hoje o
trem fica nesse vai e volta num trecho de 3 km entras as Estações
Oratório e Terminal Vila Prudente.
Para quem mora em um bairro da Zona Leste sobra só o ônibus como opção de transporte público.
O contador Diego da Silva Paixão diz que se pudesse viajar pelo monotrilho seria bem melhor, mais rápido e mais prático.
Outro esqueleto de Monotrilho rasga a Zona Sul. A Linha 17-Ouro, prometida
para a Copa do Mundo de 2014, iria ligar o Estádio do Morumbi ao
Aeroporto de Congonhas.
Nesse tempo todo, o canteiro de obras já virou abrigo pra usuários de
drogas, ponto pra desova de carro roubado, sem falar que rouba uma faixa
de cada pista da Avenida Jornalista Roberto Marinho. Fora o prejuízo
que essa obra tá dando para os comerciantes da região.
Na Rua Rafael Iório, no Cambo Belo, a obra esconde uma locadora de carros instalada bem antes da obra do monotrilho começar.
“Isso está atrasando investimentos da nossa parte. A gente quer fazer
reforma de loja, a gente quer fazer melhorias aqui, mas a gente não
consegue porque a gente não sabe quando acaba esse transtorno que
atrapalha essa qualidade de atendimento”, diz o gerente Douglas
Vicentini. “A poeira que a obra proporciona deixa os carros mais sujos,
eu tive que contratar lavadores de carro pra que o carro saia limpo da
loja já”.
Valdir Sampel, do conselho de segurança de São Mateus, por onde vai
passar a linha prata, diz que já convidou várias autoridades para
participar das reuniões no bairro e que nunca ninguém da secretaria dos
transportes metropolitanos apareceu.
“Nós esperávamos por parte do governador que viesse o Metrô. Como o
Metrô não veio, veio o monotrilho. Achávamos que iria valorizar a
região. Só que não está acontecendo isso. Sentimos que fomos enganados.
São só promessas e nada mais”, diz.
O Metrô explicou que o atraso nas obras do Monotrilho na Linha 15-Prata se
deu porque os projetos de três estações que ficariam sobre o Córrego da
Mooca tiverem de ser refeitos. "Durante o desenvolvimento do projeto
básico imaginamos condições que mostraram que as fundações iriam
interferir muito com a galeria. Foram condições estabelecidas durante o
projeto executivo, que precisou fazer intervenção na galeria", explicou o
diretor de engenharia Paulo Sérgio Amalfi Meca.
Na Linha 17-Ouro, segundo o Metrô, o problema foi com as empresas
contratadas. "Rescindimos contrato com execução de obras de algumas das
estações e do pátio porque as empresas não deram conta de cumprir as
suas obrigações", disse o diretor.
Fonte da Notícia: G1-SP
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