Manutenção nos trilhos do Metrô de São Paulo |
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo cobrou esclarecimentos sobre a operacionalização da frota do
Metrô e também sobre investimentos da companhia ao longo dos anos e
satisfação dos usuários quanto aos serviços prestados no sistema. O
pedido, baseado em um relatório técnico do Metrô, aponta que haverá precarização na qualidade do serviço em
razão da queda de 25% no repasse para as gratuidades. O Governo tem 15
dias para responder à Corte de Contas. Essa é a terceira vez neste mês
que o Tribunal de Contas do Estado questiona a gestão tucana sobre os
serviços.
No documento publicado no Diário Oficial, o
conselheiro Antonio Roque Citadini, decano da Corte, aponta que haverá
repasse para as gratuidades de um valor R$ 111 milhões menor do que o
previsto na Lei Orçamentária.
Anotando que em 2014 o repasse foi
da ordem de 93%; em 2015, da ordem de 80%, tal situação ‘…leva ao
aumento de encargos que não deveriam ser assumidos pelo Metrô’,
concluindo, neste ponto, que mesmo com as medidas que a Diretoria afirma
adotar, o ‘… contingenciamento de recursos acabará por impactar na
qualidade dos serviços prestados em decorrência da quantidade de pessoal
e de horas dedicadas à prestação de serviços’, considerou Citadini. Ele
cita o relatório técnico no despacho.
Citadini justifica que há informações sobre “presumível existência de irregularidades”.
Em
março, o governador Alckmin afirmou que a queda no repasse prova a
eficiência do sistema. “O Metrô está mais eficiente, exigindo um repasse
menor”, declarou durante evento em Hortolândia, no interior de São
Paulo.
Composição K02 na Estação Corinthians-Itaquera (Linha 3-Vermelha) |
O estudo da Companhia, apresentado ao Tribunal de Contas do
Estado no dia 11/05/2016, aponta que apesar da melhora nos indicadores
de qualidade do serviço em 2015 em relação a 2014, é possível afirmar
que ‘… apresentam performances comparáveis ao ano de 2012′”, no
intervalo médio entre trens nos picos e o tempo médio para se percorrer 1
quilômetro nos momentos de maior trânsito.
A análise técnica
destaca que sete trens fora de circulação são usados como fonte para
repor peças de outros veículos que são reformados. “Faltou comprovar se
há previsão contratual da sistemática utilizada de retirar peças e
utilizar em outro trem, não afetar a garantia das peças; também não
houve comprovação de que isto não influencia o seu funcionamento”.
Sobre
as condições dos trens, 77 foram modernizados, três estão nas
modernizadoras, 18 serão encaminhados para modernizar; há previsão de
recebimento de seis trens em 2016 e de 15 em 2017; três devem entrar em
operação até Outubro de 2016; outros 18 até o fim do 1º Trimestre
de 2018, segundo a empresa.
Dia 06/05/2016, a Corte encaminhou
dois despachos ao governador e ao presidente do Metrô cobrando
explicações sobre os repasses e pagamentos relativos à Linha 4-Amarela. O
pedido foi motivado pelo calote de R$ 332,7 milhões que o governo do
Estado deu à companhia por não repassar valores de compensações
tarifárias destinado à quitação de obrigações tarifárias. De acordo com o
TCE, a documentação foi entregue e está sob análise.
Com a palavra, o Metrô
A
assessoria de imprensa do Metrô
informou em nota que ‘irá prestar todos os esclarecimentos necessários
ao Tribunal de Contas do Estado’.
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
Imagens 1 e 2: Reproduzidas do You Tube
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