Mapa da Linha 18-Bronze do Monotrilho |
A implantação do Monotrilho do ABC, Linha 18-Bronze, esbarra em
problemas técnicos e não apenas financeiros como alega o governo do
Estado de São Paulo.
A revelação foi feita na última quarta-feira, dia 04/11/2015, pelo Secretário Nacional de Mobilidade Urbana e Transportes, Dario
Rais Lopes, em audiência da Comissão de Desenvolvimento Urbano da
Câmara Federal, em Brasília.
Segundo ele, não há um padrão de trens e de estrutura nos três
sistemas elevados prometidos para São Paulo. Além disso, ele diz que o
trecho de 2,9 Km de extensão da Linha 15-Prata, entre as Estações Oratório e Terminal Vila Prudente apresentam problemas como excesso de
trepidação e de funcionamento das portas.
“Estamos em processo de aprendizado com a Linha 15=Prata, pois
trata-se de uma nova tecnologia. Ela não opera em 100%. Aí teremos de
começar com a Linha 17-Ouro, que é outro modelo, pois não há padronização e
não é o mesmo fornecedor. Também haverá avaliações e adaptações no
funcionamento. Como iremos começar a Linha 18-Bronze desse jeito? É melhor
atrasar um pouco, mas fazer direito”
Segundo Dario, as experiências da Linha 15-Prata, com erros e
acertos, devem ser levadas em conta para as Linha 17-Ouro, na zona Sul
de São Paulo, prevista para 2017, e para a linha 18 Bronze, do ABC, sem
previsão agora. De acordo com os cronogramas iniciais, todas as linhas
já deveriam estar em operação.
Pelo contrato assinado em agosto de 2014 com o Consórcio ABC
Integrado, que vai participar da implantação do monotrilho e vai operar
os trens, as obras do Monotrilho do ABC só devem começar quando já
estiver em operação o primeiro trecho da Linha 17-Ouro, da Zona Sul de
São Paulo. O trecho da zona Sul só deve ficar pronto entre 2017 e 2018.
A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal informou
também que deve solicitar uma vistoria técnica nas operações dos 2,9
quilômetros do Monotrilho da Linha 15-Prata, entre as Estações Terminal Vila
Prudente e Oratório.
Os parlamentares querem fazer a vistoria na presença do secretário
estadual de transportes metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, para
verificar as trepidações e eventuais problemas nas portas.
Impasse é apenas financeiro,
diz Governo de Alckmin:
O governo do estado contesta as afirmações do secretário Dario Lopes.
Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, o impasse é
unicamente financeiro e culpou o governo federal pelo não repasse de
verbas para iniciar as obras da Linha 18-Bronze
Ainda segundo o Governo Paulista, o Ministério do Planejamento
aprovou em 2012 a liberação de recursos na ordem de R$ 1,2 bilhão, pelo
BNDES e OGU para financiar parte do
monotrilho. Na época, a obra estava avaliada em R$ 4,2 bilhões e se
fosse ser iniciada hoje custaria em torno de R$ 4,8 bilhões.
Deste valor, R$ 1,92 bilhão viriam do BNDES, do Orçamento Geral da
União e do Governo do Estado, R$ 1,92 bilhão da iniciativa privada e R$
407 milhões seriam para desapropriações.
O Governo do Estado de São Paulo diz que necessita da verba para pagar estas
desocupações. Mas o governo federal afirma que as desapropriações são de
responsabilidade do governo de São Paulo.
Sobre eventuais testes nas outras linhas para começar a Linha 18-Bronze, o governo do estado diz que não há necessidade porque são
sistemas com tecnologias diferentes e que as experiências pouco
acrescentariam.
A respeito das trepidações na Linha 15-Prata, a Secretaria de Transportes Metropolitanos diz que são normais por causa do atrito dos
pneus com o concreto da linha, como ocorre com um carro trafegando numa
estrada.
Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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