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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana diz que há impasse técnico para começar obras da Linha 18-Bronze

Mapa da Linha 18-Bronze do Monotrilho

A implantação do Monotrilho do ABC, Linha 18-Bronze, esbarra em problemas técnicos e não apenas financeiros como alega o governo do Estado de São Paulo.

A revelação foi feita na última quarta-feira, dia 04/11/2015, pelo Secretário Nacional de Mobilidade Urbana e Transportes, Dario Rais Lopes, em audiência da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal, em Brasília.

Segundo ele, não há um padrão de trens e de estrutura nos três sistemas elevados prometidos para São Paulo. Além disso, ele diz que o trecho de 2,9 Km de extensão da Linha 15-Prata, entre as Estações Oratório e Terminal Vila Prudente apresentam problemas como excesso de trepidação e de funcionamento das portas.

“Estamos em processo de aprendizado com a Linha 15=Prata, pois trata-se de uma nova tecnologia. Ela não opera em 100%. Aí teremos de começar com a Linha 17-Ouro, que é outro modelo, pois não há padronização e não é o mesmo fornecedor. Também haverá avaliações e adaptações no funcionamento. Como iremos começar a Linha 18-Bronze desse jeito? É melhor atrasar um pouco, mas fazer direito”

Segundo Dario, as experiências da Linha 15-Prata, com erros e acertos, devem ser levadas em conta para as Linha 17-Ouro, na zona Sul de São Paulo, prevista para 2017, e para a linha 18 Bronze, do ABC, sem previsão agora. De acordo com os cronogramas iniciais, todas as linhas já deveriam estar em operação.

Pelo contrato assinado em agosto de 2014 com o Consórcio ABC Integrado, que vai participar da implantação do monotrilho e vai operar os trens, as obras do Monotrilho do ABC só devem começar quando já estiver em operação o primeiro trecho da Linha 17-Ouro, da Zona Sul de São Paulo.  O trecho da zona Sul só deve ficar pronto entre 2017 e 2018.

A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal informou também que deve solicitar uma vistoria técnica nas operações dos 2,9 quilômetros do Monotrilho da Linha 15-Prata, entre as Estações Terminal Vila Prudente e Oratório.

Os parlamentares querem fazer a vistoria na presença do secretário estadual de transportes metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, para verificar as trepidações e eventuais problemas nas portas.

Impasse é apenas financeiro, diz Governo de Alckmin:


O governo do estado contesta as afirmações do secretário Dario Lopes. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, o impasse é unicamente financeiro e culpou o governo federal pelo não repasse de verbas para iniciar as obras da Linha 18-Bronze

Ainda segundo o Governo Paulista, o Ministério do Planejamento aprovou em 2012 a liberação de recursos na ordem de R$ 1,2 bilhão, pelo BNDES e OGU para financiar parte do monotrilho. Na época, a obra estava avaliada em R$ 4,2 bilhões e se fosse ser iniciada hoje custaria em torno de R$ 4,8 bilhões.

Deste valor, R$ 1,92 bilhão viriam do BNDES, do Orçamento Geral da União e do Governo do Estado, R$ 1,92 bilhão da iniciativa privada e R$ 407 milhões seriam para desapropriações.

O Governo do Estado de São Paulo diz que necessita da verba para pagar estas desocupações. Mas o governo federal afirma que as desapropriações são de responsabilidade do governo de São Paulo.

Sobre eventuais testes nas outras linhas para começar a Linha 18-Bronze, o governo do estado diz que não há necessidade porque são sistemas com tecnologias diferentes e que as experiências pouco acrescentariam.

A respeito das trepidações na Linha 15-Prata, a Secretaria de Transportes Metropolitanos diz que são normais por causa do atrito dos pneus com o concreto da linha, como ocorre com um carro trafegando numa estrada.

Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus 
Créditos da Imagem Reservados ao Autor

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