Obras da Linha 4-Amarela em túnel |
O Metrô de São Paulo publicou essa semana o edital de
licitação da concorrência internacional para a execução das obras para a
conclusão da Linha 4-Amarela. O governo rompeu em julho o contrato com o consórcio
responsável pela construção após atrasos na entrega de quatro estações e
paralisação nas obras. O novo edital está disponível no site da
Secretaria de Transportes Metropolitanos desde o dia 26/11/2015.
O consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam, que teve o contrato rompido, poderá participar da nova licitação, segundo o Metrô, porque uma cláusula que impedia a presença em concorrências futuras da companhia foi derrubada pela Justiça no início deste mês. Na mesma decisão, uma multa de R$ 23,5 milhões aplicada pela paralisação das obras foi suspensa (leia mais abaixo). O Governo de São Paulo recorreu.
O consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam, que teve o contrato rompido, poderá participar da nova licitação, segundo o Metrô, porque uma cláusula que impedia a presença em concorrências futuras da companhia foi derrubada pela Justiça no início deste mês. Na mesma decisão, uma multa de R$ 23,5 milhões aplicada pela paralisação das obras foi suspensa (leia mais abaixo). O Governo de São Paulo recorreu.
As obras são orçadas em R$ 1,3 bilhão e têm financiamento do Banco
Mundial. Os serviços contemplam a conclusão das obras civis e o
acabamento das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São
Paulo-Morumbi e Vila Sônia (incluindo o terminal de ônibus) e o pátio
Vila Sônia de estacionamento e manutenção de trens.
Também está inserida na contratação a implantação de 2 quilômetros de túnel de ligação com o pátio Vila Sônia.
Também está inserida na contratação a implantação de 2 quilômetros de túnel de ligação com o pátio Vila Sônia.
A expectativa do governo de São Paulo é que as obras sejam iniciadas em
abril. Caso o prazo seja mantido, as estações Higienópolis-Mackenzie,
Oscar Freire e São Paulo-Morumbi deverão ser entregues em 2017, três
anos após a primeira estimativa feita pelo Metrô para a conclusão das
obras: 2014.
Já a Vila Sônia (incluindo terminal de ônibus e pátio), ficará pronta
em 2019. O Metrô lançará ainda, até o final do ano, um outro edital para
contratação do complemento da via permanente dos túneis e no pátio Vila
Sônia, orçado em R$ 60 milhões.
Contrato rompido
O consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam era responsável por concluir a Linha 4-Amarela do Metrô, mas que teve o contrato quebrado pelo Metrô após as obras serem paralisadas. A rescisão do contrato foi anunciada pelo Governador Geraldo Alckmin em Fevereiro de 2015, mas ocorreu apenas em Julho de 2015.
Estação Fradique Coutinho (Linha 4-Amarela) |
O Metrô rompeu os contratos de forma unilateral, alegando que não foram
atendidas cláusulas contratuais. Já o consórcio Isolux Corsán-Corvian
disse que as empresas contratadas pelo Metrô atrasaram a entrega dos
projetos e isso aumentou o prazo da obra em 50%. “A Isolux está segura
de que cumpriu todas as suas obrigações e que a inviabilidade do
contrato não pode ser atribuída a qualquer falha ou quebra de contrato
por sua parte”, disse.
O consórcio foi contratado em 2012 por R$ 1,8 bilhão para construir as Estações Terminal Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e
Higienópolis-Mackenzie, além de um pátio de manobras e um terminal de
ônibus na Vila Sônia. Pouco do serviço contratado, porém, foi entregue.
A nova licitação prevê o pagamento de R$ 1,3 bilhão à empresa vencedora da licitação porque parte da obra, como as escavações das estações, já está concluída. O Metrô fez um levantamento do que está pronto e calculou o que era necessário para concluir a linha.
Por causa do horário, o Metrô disse ao G1 por volta das 19h que não poderia informar o valor pago ao consórcio que teve o contrato cancelado e o custo total da obra até o momento.
Multas suspensas
A nova licitação prevê o pagamento de R$ 1,3 bilhão à empresa vencedora da licitação porque parte da obra, como as escavações das estações, já está concluída. O Metrô fez um levantamento do que está pronto e calculou o que era necessário para concluir a linha.
Por causa do horário, o Metrô disse ao G1 por volta das 19h que não poderia informar o valor pago ao consórcio que teve o contrato cancelado e o custo total da obra até o momento.
Multas suspensas
A Justiça de São Paulo suspendeu no início deste mês multas milionárias impostas pelo Metrô ao consórcio, que chegam a R$ 23,5 milhões - 5% do valor correspondente ao que faltava executar das obras. O Metrô disse que recorreu da decisão da Justiça.
A decisão do desembargador Rubens Rihl, da 8ª Câmara de Direito
Público, acatou a argumentação do consórcio de que há chance de “dano
irreparável decorrente das penalidades aplicadas”, que incluem ainda o
impedimento de contratar com a administração pública por um período de
dois anos.
O consórcio pediu na Justiça que um tribunal arbitral previsto em contrato analise valores de indenizações do rompimento de contrato. Já o Metrô argumentou que a própria Justiça pode decidir sobre o tema.
O consórcio pediu na Justiça que um tribunal arbitral previsto em contrato analise valores de indenizações do rompimento de contrato. Já o Metrô argumentou que a própria Justiça pode decidir sobre o tema.
A decisão do desembargador Rubens Rihl não é definitiva. Ele entendeu
que a multa deve ficar suspensa até que essa e as outras questões entre o
Metrô e a empresa no processo sejam julgadas. A empresa diz que valores
referentes a indenizações devem ser decididos por um tribunal arbitral
previsto em contrato.
Linha 4-Amarela
A Linha 4-Amarela terá 11 estações, ao longo de quase 13 km entre a Luz e a Vila Sônia. O contrato para início da primeira fase das obras foi assinado em Novembro de 2006. As primeiras estações inauguradas foram Paulista e Faria Lima, em Maio de 2010. A segunda fase de obras teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a Estação Fradique Coutinho foi aberta, em Novembro de 2014.
Depois de ficarem suspensos em 2014, somente os trabalhos nas Estações
Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire foram retomados em abril deste
ano, quando o Metrô e a construtora fecharam um acordo. O Governo já havia ameaçado romper o contrato por causa de atrasos na obra, mas decidiu pagar mais R$ 20 milhões para o consórcio responsável.
Fonte da Notícia: G1-SP
Imagem 1: Fernando Nascimento
Imagem 2: Garciaex
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