Composição M05 do Monotrilho da Linha 15-Prata |
Sai o turista, entra o passageiro. Assim começou a operação comercial
do 1º Monotrilho do Brasil, o trem da Linha 15-Prata, na zona
leste de São Paulo. Ontem, 10/08/2015, o Metrô ampliou o horário
de funcionamento do trecho para 12 horas. Agora, quem quiser conhecer as
duas estações em funcionamento e fazer selfies nos 2,9 quilômetros da
nova linha terá de pagar a tarifa de R$ 3,50 - até então a viagem era
gratuita.
Agora, o trecho funciona das 7 às 19 horas, pegando o
horário de pico da manhã e parte do rush da tarde. De acordo com a
companhia, até o fim da operação 3.661 passageiros foram transportados
no novo horário.
Na manhã de ontem (10/08/015) já era possível ver os
passageiros habituais do transporte público, como trabalhadores e
estudantes. A universitária Tabata Carpanezi, de 22 anos, por exemplo,
agora pode deixar o carro em casa para ir até a Universidade Mackenzie,
em Higienópolis, na zona oeste de São Paulo.
Moradora da Vila Ema,
também na zona leste, ela afirma levar 1h30 dentro de um carro para
fazer o trajeto. “Achei bem funcional. Como tenho de estar na faculdade
às 8h, agora vou conseguir ir de transporte público”, afirmou.
Ela
calcula que vai demorar 45 minutos entre a casa dela e a faculdade.
Antes da ampliação do horário de funcionamento, o monotrilho funcionava
apenas das 9 horas às 14 horas. Ainda não há prazo para que a Linha
15-Prata opere das 4h40 até a meia-noite, como as outras linhas do Metrô
de São Paulo.
O aposentado Jair Bocci, de 62 anos, que mora no
Parque São Lucas, aproveitou para levar o carro para revisão no Sumaré,
na zona oeste, e voltou de metrô. “Apesar de eu ter carro, faço questão
de usar transporte público para fugir do trânsito. Qualquer opção a
mais, linha nova ou corredor de ônibus, ajuda bastante”, disse. A viagem
do Sumaré à Estação Oratório levou 40 minutos.
A comerciante Ana
Clara Lopes Leal, de 41 anos, mora atrás da Estação Oratório e agora vai
ir ao trabalho usando o monotrilho. “Eu tinha de sair de casa às 6
horas para conseguir chegar no centro às 9 horas”, contou a passageira,
que trabalha perto da Praça da República.
Mesmo atendendo mais
passageiros da zona leste, ainda há “turistas” que querem conhecer o
novo modal. Foi o caso do músico Rodrigo Moratto, de 38 anos, que mora
nos Jardins, na zona sul. Ele quis matar a curiosidade e comparar com as
outras linhas que conhece ao redor do mundo. “A primeira vez que eu
andei foi na Disney quando era criança. Lá tem um parecido com esse, mas
para se deslocar dentro do parque.”
Depois, ele usou esse tipo
de transporte uma segunda vez. Foi em Dubai, nos Emirados Árabes. “O
deles tem uma paisagem mais bonita e exótica. Mas o daqui parece que é
melhor porque sacode menos.” Apesar da longa fase de testes, o
monotrilho ainda tem trepidações.
O Governo Paulista havia
prometido que o monotrilho começaria a funcionar em Março de 2014. Os
prazos foram alterados conforme os atrasos. De acordo com o Metrô,
quando toda a linha estiver pronta, serão transportados 48 mil pessoas
por hora, em cada sentido.
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
Imagem de Fernando Giolo
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