Essa semana, a Central de Achados e Perdidos do Metrô completa 40 anos de prestação de serviço e, se tornou neste período, símbolo de
confiabilidade por guardar e devolver aos usuários seus pertences esquecidos ou
deixados nas estações e nos trens da Companhia. O setor iniciou suas atividades
em 1975, um ano após a inauguração da primeira linha metroviária. Naquela época, o
posto de Achados e Perdidos ficava na estação São Judas da Linha 1-Azul
(Jabaquara-Tucuruvi). Em fevereiro de 1981, com o início da operação da Linha 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera/Palmeiras-Barra Funda) e o aumento no número
de usuários, a CAP foi transferida para a estação Sé.
Para
comemorar o aniversário deste serviço, a artista plástica Marcia Gadioli
concebeu a exposição "Perdidos Achados". Márcia escolheu vários objetos
esquecidos e os deslocou para uma vitrine na plataforma da estação São Bento. A
mostra tem como objetivo revelar aos usuários os itens mais estranhos e
divertidos que a Central tem recebidos nos últimos anos. Assim, os passageiros
vão "matar" a curiosidade sobre o que está guardado no setor, mas não estão ao
alcance dos olhos. A instalação "Perdidos Achados" ficará em cartaz até o final
do mês de junho, proporcionando aos usuários um momento lúdico em meio ao
corre-corre do cotidiano.
Em busca
dos "donos"
Assim que
o objeto chega na CAP, os funcionários procuram por dados de identificação e,
quando existentes, os donos são comunicados que seu pertence foi guardado
e está sob responsabilidade do Metrô. Grande parte dos documentos e carteiras é
devolvida dessa maneira.
Quando um
objeto é encontrado, antes de tudo, existe a honestidade e a solidariedade de
todos os envolvidos no processo, desde os usuários que acham pertences até os
funcionários que os recebem e fazem sua guarda. Nas estações, são feitos os
primeiros cadastros dos objetos e, posteriormente, o envio dos itens - acontece
por meio de malotes lacrados - para a CAP. Na Central, são abertos os malotes e
os objetos são checados, registrados, guardados em sacos plásticos e
armazenados para garantir a conservação de seu estado. Todas as etapas
desse processo, desde a abertura dos malotes até a armazenagem, são gravadas em
vídeo para garantir a máxima segurança e confiabilidade ao serviço.
Celulares
e eletrônicos somente são restituídos aos donos mediante apresentação da nota
fiscal. Quando são encontrados objetos sem identificação, como por exemplo
um óculos, são registrados seus detalhes e, para a retirada, o dono
deve ser capaz de descrever características específicas do que foi perdido.
A Central de Achados e Perdidos do Metrô recebe - em média - 6.000
itens por mês; desses, 60% são documentos e 40% referem-se a objetos. Os
objetos mais encontrados são livros, cadernos, agendas, canetas, óculos,
aparelhos celulares, guarda-chuvas e sacolas. Somente nos primeiros meses
deste ano, a Central de Achados e Perdidos recebeu mais de 25 mil itens entre
documentos e objetos. Até agora, foram devolvidos mais de 6 mil itens, o que
representa quase 25% de tudo que é recebido.
Um objeto fica armazenado na Central por até 60 dias. Caso não
seja procurado nesse período, passa por um processo de triagem, em que os
documentos são devolvidos aos órgãos emissores e os objetos e valores são
doados ao Fundo Social de Solidariedade de São Paulo.
Estações
campeãs em objetos perdidos
Desde
2007, a Central de Achados e Perdidos conta com um sistema informatizado que
permite a consulta de item esquecido em qualquer estação, a partir do momento
de seu cadastramento. A maior vantagem do novo sistema é a agilidade, já que o
item esquecido pode ser rastreado de qualquer estação. Mesmo que o usuário não encontre
seu pertence, o sistema permite o registro dos dados e, assim que ele for
localizado e corresponder à descrição lançada no banco de dados, a Central
entra em contato com o usuário para a retirada.
Por meio desse programa, a Companhia conseguiu traçar o ranking
das 10 estações com maior número de achados e perdidos. Elas coincidem com as
de maior demanda, que são: Jabaquara, São Bento, Santana, Tucuruvi da Linha
1-Azul; Corinthians-Itaquera, República, Tatuapé, Sé e Palmeiras-Barra Funda da
Linha 3-Vermelha e Paraíso da Linha 2- Verde.
Fatos e
causos
Histórias curiosas não faltam na Central de Achados e Perdidos do
Metrô. Um álbum de casamento já foi deixado em um dos trens e recuperado. Outro
caso é de um senhor que esteve procurando uma bolsa na qual estava a sua
dentadura. Após minuciosa descrição, a bolsa foi localizada nos Achados e
Perdidos e devolvida ao dono. No entanto, após cinco minutos, o senhor voltou
ao setor alegando que a dentadura não cabia em sua boca. Entre os objetos mais
inusitados estão cadeiras de rodas, carrinhos de supermercado, muletas,
bicicletas e próteses dentárias.
Quem procura, acha
O atendimento pessoal é feito na estação Sé, de segunda a
sexta-feira, exceto feriados, das 7 às 20h, e abrange todas as linhas, inclusive
fazemos a guarda dos objetos e documentos que são encontrados nas estações da
linha 4-amarela. As consultas de documentos e objetos identificados também
podem ser realizadas na Central de Informações do Metrô pelo telefone 0800-770
7722, todos os dias, das 5h30 às 23h30, ou ainda pelo site do Metrô (www.metro.sp.gov.br).
Para evitar a perda de objetos e documentos, o Metrô recomenda aos
usuários que fiquem atentos aos itens que estão sendo transportados e observem
seus pertences antes do desembarque. É importante também que os objetos tenham
sempre algum tipo de identificação, o que facilitará a localização do
proprietário e sua devolução pela Central de Achados e Perdidos.
Fonte da Notícia: Metrô
Imagem: Metrô
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