A Polícia Civil prendeu na Zona Leste de São Paulo,
na madrugada de hoje, o suspeito de ter estuprado uma
operadora de uma cabine de recarga de Bilhete Único da Estação República, no Centro. O delegado Osvaldo Nico Gonçalves disse ao G1 que
ele confessou ter cometido o crime.
O
suspeito, de 20 anos, estava na Cohab Juscelino, de acordo com a
polícia. “A vítima chegou a vê-lo e o reconheceu. Eu vou pedir a prisão
temporária dele”, disse o delegado. O outro suspeito de participar do
assalto foi identificado, mas ainda não foi detido.
A
jovem de 19 anos é funcionária é contratada da Prodata Mobility,
empresa que presta serviço de bilhetagem para o Metrô há quatro anos.
Ela sofreu o ataque na noite de 02.04.2015, durante uma tentativa
de assalto a seu posto de trabalho. Ela deixava a cabine, localizada na
Rua do Arouche, quando um dos criminosos invadiu o local e a violentou,
segundo José Carlos Martinelli, diretor de contratos da Prodata.
O
caso foi registrado no dia do crime. A empresa alega que desde então,
está fornecendo as informações necessárias à polícia e apoio médico e
psicológico à jovem. O diretor de contratos também afirma que quem
determina o local onde as cabines são instaladas é o Metrô. E que
tentativas de assalto já ocorreram em outros postos.
A
vítima prestou depoimento dia 02/04 e novamente ontem, 06/04.
Um outro funcionário da Prodata, que socorreu a operadora, também foi
ouvido pela polícia.
Até
as 15h40 de ontem, porém, a Secretaria da Segurança
Pública não havia disponibilizado o boletim de ocorrência do caso.
Procurado
pelo G1, o Metrô disse, por meio de nota, que a equipe de segurança da Estação República fez o primeiro atendimento e providenciou o
encaminhamento da funcionária da Prodata para a Delpom, na noite de 02/04/2015.
A
Companhia ainda alega que "vem prestando todo o auxilio à Polícia,
inclusive cedendo imagens dos circuitos de vigilância, para ajudar na
investigação do caso." No texto, o Metrô diz ter mais de 1.100 agentes de
segurança, que atuam uniformizados ou à paisana, e 3 mil câmeras
distribuídas ao longo de suas linhas, nos trens e nas estações.
Na
tarde de ontem, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo
divulgou uma nota de solidariedade à jovem, e cobrou esclarecimentos das
empresas envolvidas. “A Secretaria de Mulheres do Sindicato dos
Metroviários, a diretoria do Sindicato, os funcionários e funcionárias
do Metrô se sentem violentados, indignados e se solidarizam com a mulher
trabalhadora que sofreu as consequências da violência machista e da
insegurança, queremos dar todo apoio e solidariedade a ela nesse momento
tão difícil.”
A
nota ainda pede que a cabine onde o crime ocorreu seja fechada, e alega
que o período noturno é carente de segurança. “Nós dizemos que faltam
funcionários em todos os postos, principalmente na segurança à noite,
onde o quadro é bastante reduzido, deixando usuários e funcionários
expostos a fatos revoltantes como esse.”
Fonte da Notícia: G1-SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário