A Polícia Civil prendeu na madrugada de 07/04/2015 o suspeito de ter estuprado uma funcionária de uma cabine de recarga do Bilhete Único na Estação República,
região central, uma das mais movimentadas do Metrô. Segundo o delegado
Osvaldo Nico Gonçalves, divisionário da Deatur, ele teria confessado o crime.
O suspeito, de 20 anos, foi encontrado pelos policiais na Cohab
Juscelino, em Guaianases, por volta
das 2 horas da madrugada. Os policiais chegaram até ele após investigações com
auxílio de imagens de câmeras de vigilâncias e denúncias. De acordo com o
delegado, o outro suspeito, que se chamaria "Rafinha", também foi
identificado, mas ainda não foi detido.
O crime aconteceu semana passada, mas só veio a público
após denúncia de empregados do Metrô. Eles alegam que a empresa tentou
abafar o caso. A Polícia Civil usou imagens de câmeras de segurança para
identificar os suspeitos.
Contratada da empresa Prodata Mobility, uma das prestadoras do serviço
de bilhetagem do metrô, a operadora de recarga tem 18 anos. Segundo o
boletim de ocorrência interno, por volta das 23h30, ela estava
encerrando suas atividades quando tentou ver pelo olho mágico da porta
do quiosque, que fica perto da saída para a Rua do Arouche, antes de
abri-la. O mecanismo, porém, "estava quebrado".
A jovem, então, apagou a luz e abriu a porta. Nesse momento, "foi
surpreendida por um indivíduo" de aproximadamente 1,75 metro de altura,
de compleição física "forte", com os cabelos raspados e usando óculos. O
homem amarrou as mãos da funcionária "atrás das costas com fita
adesiva, tirou a roupa da vítima e praticou ato sexual".
Em seguida, o estuprador abriu a porta da cabine, que é blindada, para a
entrada de uma segunda pessoa, com cerca de 1,80 metro de altura, de
compleição "fraca" e trajando roupa social. O primeiro bandido o chamava
de "Rafinha". Esse criminoso perguntou à vítima "se ela sabia abrir o
cofre" que fica dentro da cabine, ao que a jovem respondeu que não. O
próprio bandido tentou abrir o equipamento, mas não conseguiu.
Segundo o boletim, "Rafinha" chegou a levar um carrinho de mão ("tipo
armazém") para carregar o cofre para fora do quiosque da Prodata. Os
celulares da vítima e da empresa foram roubados pelos criminosos, que
fugiram. Antes de saírem da cabine, eles desamarraram a funcionária "e
determinaram que ela permanecesse dentro do quiosque por uns trinta
minutos". Quando saiu, a jovem pediu socorro a seguranças do metrô que
estavam perto da área das catracas.
O diretor de contratos da Prodata, José Carlos Martinelli, afirmou que a
empresa nunca havia enfrentado um crime do gênero desde que passou a
trabalhar no metrô, em 2011. "A empresa registrou a ocorrência na
Delegacia do Metrô e está prestando toda a assistência psicológica à
vítima, que foi levada para um hospital. O assaltante destruiu o sistema
de câmeras da cabine, o que provocou um curto-circuito que apagou as
imagens registradas no computador."
Procurado, o Metrô confirma o caso e diz que funcionários da Companhia
prestaram o primeiro socorro à vítima. "A Companhia vem prestando todo o
auxilio à Polícia, inclusive cedendo imagens dos circuitos de
vigilância, para ajudar na investigação do caso. O Metrô tem mais de 1
100 agentes de segurança, que atuam uniformizados ou à paisana, e 3 000
câmeras distribuídas ao longo de suas linhas, nos trens e nas estações",
informou por nota.
Fonte da Notícia: Veja São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário