Vendedor ambulante no Metrô de São Paulo |
Vendedores ambulantes invadiram as estações de metrô de São Paulo, se
espalharam pelas escadas de acesso e chegaram aos vagões. De acordo com
relatos de passageiros, eles trabalham praticamente em todas as paradas.
A reportagem da Rádio Estadão constatou a atuação dos camelôs, sem qualquer impedimento, nas Estações
Carrão e Palmeiras-Barra Funda, Sacomã e Pinheiros. Eles vendem alimentos,
eletroeletrônicos e até óculos de grau.
Na Estação Palmeiras-Barra Funda, na zona oeste, por exemplo, toda a
estrutura montada para garantir a presença dos vendedores fica a cargo
de apenas uma pessoa. O homem que cuida de um grupo de pelo menos dez
camelôs, entre homens e mulheres, explica como faz para que suas
mercadorias não sejam apreendidas. "A gente trabalha de um jeito, onde
cada um fica de olho nas costas do outro. Aí, quando eles (fiscais)
chegam, um avisa o outro e sai todo mundo correndo."
Os passageiros que habitualmente já sofrem com a superlotação costumam
ser ainda mais prejudicados. Em geral, as reclamações vão do desconforto
à falta de segurança. A estudante Jéssica de Oliveira diz ter medo de
ser assaltada e dificuldade para embarcar nos trens. A administradora
Amanda Siqueira diz que a abordagem incomoda.
A venda por ambulantes nas estações de metrô é proibida e pode servir
para camuflar crimes, alerta o Metrô. O chefe do Departamento de
Segurança da companhia, Ruben Menezes, diz que é preciso conscientizar a
população. "Temos roubo de carga, contrabando, descaminho, receptação e
outro crimes que acontecem e alimentam o comércio irregular por este
consumo que às vezes a gente faz em solidariedade um com o outro",
afirma.
Segurança
Grupos organizados de usuários, no entanto, contestam que o problema
esteja na falta de colaboração por parte dos passageiros. Para Anderson
Ricardo de Oliveira Reis, do site Sardinha Express, o problema é a falta
de agentes de segurança nas estações.
"Só há fiscalização quando algum passageiro finaliza por SMS a denúncia.
Se é proibido, é preciso ter ao menos dois agentes da segurança em
todas as estações, mas tem horas que as estações estão sem segurança
algum", afirma Reis.
Segundo estatísticas do Metrô, são realizadas em média 400 apreensões
mensalmente, encaminhadas às subprefeituras. A retirada do material só é
feita mediante o pagamento de multa. O Metrô tem à disposição dos
usuários o SMS para denúncias pelo 97333-2252.
Fonte da Notícia: Estadão
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
Nenhum comentário:
Postar um comentário