Blak Blocs em ação durante as manifestações em Junho de 2013 |
O Metrô de São Paulo vetou a publicidade de um livro sobre a
tática Black Bloc. A publicidade, paga pela Geração Editorial,
responsável pela publicação, ficaria em cartazes afixados nos vagões dos
trens.
Um dos autores de "Mascarados - A Verdadeira História dos
Adeptos da Tática Black Bloc", o jornalista e blogueiro Bruno Paes
Manso, afirmou que a leitura a respeito do livro feita pelo Metrô, que é
controlado pelo governo do Estado, é "equivocada".
"O livro não faz apologia dos black blocs. Ele procura
mostrar o superdimensionamento dado a esses garotos, desmistificá-los e
explicá-los para a sociedade", afirmou Paes Manso.
No auge dos protestos de Junho de 2013, estações do Metrô foram alvo de quebra-quebra na região da Avenida Paulista.
A Geração Editorial contrataria 20 sancas, como são
chamadas as peças de publicidade, nos vagões das Linhas 3-Vermelha e 2-Verde
- o dobro do mínimo exigido pelo Metrô.
Cada uma delas mede 112 centímetros por 30 cm e custa R$ 266. A editora gastaria R$ 5.320 por um mês de exposição.
No dia 19/11/2014, porém, a Geração recebeu um e-mail do Metrô dizendo que o layout não havia sido aprovado.
A editora respondeu a mensagem e mais tarde recebeu a
ligação de um funcionário do Metrô dizendo que não adiantaria mandar
outra arte, já que o problema era com o tema do livro.
"Para nossa surpresa, disseram que não veiculariam o
anúncio porque ele incitaria a violência. Não vou chamar de censura. Foi
um erro de avaliação", disse Luiz Fernando Emediato, diretor da
Geração.
Para ele, o livro é apenas uma reportagem sobre o tema em
que todos os lados - incluindo a Polícia Militar - são ouvidos. O
"excesso de zelo" e a "avaliação equivocada" teriam motivado a decisão
do Metrô, disse o editor.
Desacordo
O Metrô informou, por meio de nota, que "reprovou única e
exclusivamente o layout da peça publicitária da Geração Editorial por
estar em desacordo com o artigo 20 de seu regulamento de mídia
(Remídia)".
O texto veta mensagens que "infrinjam a legislação vigente,
atentem contra a moral e os bons costumes, tenham temas de cunho
religioso ou político-partidário". O regulamento ainda proíbe anúncios
"que possam suscitar comportamentos inadequados".
A empresa alegou que "é errado" acusá-la de "censura ou
veto ao livro". Segundo a companhia, a avaliação feita pela área de
negócios se restringe apenas à peça publicitária.
O texto também informou que "os anunciantes dos espaços publicitários do Metrô têm pleno conhecimento do regulamento".
Fonte da Notícia: O Estado de São Paulo
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
Nenhum comentário:
Postar um comentário