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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Reportagem do Portal Via Trólebus mostra os bastidores da Linha 4-Amarela

Imagem de Rafael Narchi
Sede do CCO da Linha 4-Amarela
O contrato com a ViaQuatro foi o primeiro de PPP assinado no País. A concessionária já investiu US$ 450 milhões entre sistemas, equipamentos e trens. São 14 composições (84 carros) para a primeira fase do projeto e 15 (90 carros) para a segunda fase. Ao longo dos 30 anos de operação, a ViaQuatro investirá mais de US$ 2 bilhões na linha.

CCO

Na primeira postagem da série vamos mostrar o CCO da empresa, que fica na Vila Sônia e é responsável por gerir todo o sistema da linha. Este centro é o cérebro da tecnologia driverless, que permite a operação automática, sem a necessidade de condutor. Por ele é possível programar a velocidade e o intervalo dos trens de acordo com a necessidade, o número de viagens, o tempo de abertura das portas e incluir mais trens na linha, quando preciso.

Durante a visita, técnicos da empresa nos explicaram que a tecnologia empregada na sinalização dos trens é o CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação). Trata-se do sistema mais moderno do mundo, que neste caso foi fabricado pela Siemens. Somado este apanhado de sistemas, hoje o ramal amarelo tem um índice de cumprimentos de viagens na ordem de 99,75% das viagens programadas.
Imagem de Rafael Narchi

Outro fator importante em que os funcionários fizeram questão de nos mostrar é em relação a segurança: Mais de 700 câmeras acompanham, em tempo real, o movimento em toda a linha amarela, no interior dos trens, nas estações e no pátio de manutenção e estacionamento.

Manutenção

Durante a semana nos horários de pico, dos 14 trens que compõe a frota da linha, 13 vão para a operação. Um dele fica na manutenção preventiva, como de praxe em todo sistema metroviário.

Imagem de Digna Imagem/Clóvis Ferreira
Composição da Linha 4-Amarela tomando banho
Máquina de lavar trens

Também é feito no Patio Vila Sônia a lavagem dos trens, já com água de reuso afim de haver desperdício em tempos de seca. Semiautomática, a máquina funciona com ciclos pré-definidos: lavagem do trem, aplicação de shampoo e desengraxante e enxágue. O tempo médio para a lavagem do trem é de seis minutos. Já a lavagem da máscara (parte frontal), que é manual, dura cerca de 40 minutos. Cada um dos ciclos consome 3 mil litros de água. Parte dela é tratada com produtos químicos e é reciclada. Assim, a lavagem utiliza água de reuso.

Frenagem regenerativa 

Os trens da Linha 4-Amarela possuem um sistema que devolve a energia gerada pela frenagem à catenária (sistema de distribuição e alimentação elétrica) e com isso pode ser reutilizada por outras composições. Na chamada frenagem regenerativa, que ocorre quando as composições circulam entre 10 km/h e 80 km/h, os motores de tração funcionam como geradores.

Sendo assim, se por ventura houver outro trem na mesma região, ele pode utilizar a energia produzida por esse sistema. De acordo com os técnicos da empresa, o consumo desta energia gerada pelo sistema de frenagem alcança 1.350 MWh/mês. Essa energia equivale ao consumo de quase 7 Mil residências ao longo do mês considerando o consumo médio de 200 KWh por mês. Estudos feitos pela ViaQuatro apontam que aproximadamente 45% dessa energia consegue ser aproveitada pelos trens.

Fonte da Reportagem: Portal Via Trolebus
Imagens de Rafael Narchi

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