Lotação na Estação Palmeiras-Barra Funda. Imagem: R7 |
A Linha 3-Vermelha do Metrô nos últimos tempos protagonizou as
manchetes dos jornais pela pane que ocorreu no ultimo dia 4 e o tumulto
que tomou conta daquele que é o ramal mais lotado sistema, e um dos mais
cheios do mundo. Ainda em evidência, o Jornal Folha de São Paulo
fez um levantamento que apontou que uma linha de ônibus que segue pela
radial paralela aos trilhos do Metrô leva o mesmo tempo que a Linha 3.
O jornal mediu o tempo de percurso da zona leste ao centro da cidade
em dois dias, no horário de pico da manhã. Saiu da estação
Corinthians-Itaquera até o Parque Dom Pedro pela linha 3-vermelha do
metrô e pela linha de ônibus 4310, criada em outubro, após a ampliação
das faixas exclusivas da Radial Leste pela gestão Fernando Haddad, com
intervalos programados de três minutos no pico da manhã. A linha foi
criada na reorganização do transporte na zona leste e hoje atende outras
linhas que foram alteradas.
No primeiro dia, com uma falha no metrô e trânsito congestionado,
levou uma hora e 15 minutos de metrô e uma hora e 18 minutos no ônibus.
No outro dia, foram 55 minutos de ônibus e 52 de metrô.
A prefeitura afirma que a tal linha tem atraindo usuários do sistema
sobre trilhos. Em outubro, a linha levou em média 24,3 mil passageiros
por dia útil, número que chegou a 33,2 mil em dezembro – alta de 37%. E
este número pode melhorar a medida que for implantado o corredor de
ônibus na radial leste, com pontos de ultrapassagem, promessa de
campanha do atual prefeito.
Por outro lado, a linha 3-Vermelha, ainda que carregue 1,423 milhão
de passageiros por dia, a superlotação e as constantes paradas são
frequentes. O Metrô se posicionou a respeito da reportagem afirmando que
“se a mesma medição for feita na Linha 2-verde, no trecho da avenida
Paulista, os tempos serão completamente diferentes, sendo que o percurso
também será realizado em linha reta e a via também possui faixa
exclusiva de ônibus”, disse a companhia em nota, que não deixa de ter
razão. A reportagem não fez a medição no sentido bairro por onde a faixa
exclusiva esta sujeita a muitos semáforos. Outro ponto é que o metrô
não polui o meio ambiente, muito diferente dos ônibus usados. Sem contar
que a capacidade de carregamento do Metrô é muito maior.
O fato é que um sistema não excluí o outro. E em todo este embate,
nem o jornal e nem ninguém lembrou da CPTM, que também possuí um trajeto
similar no Expresso Leste e poderia estar operado em plena capacidade
se a Companhia tivesse cumprido com sua promessa de trocar o sistema de
sinalização neste ano. Outra ação que ajudaria a desafogar a Linha
3-Vermelha é a chegada das linhas 2-Verde e 6-Laranja na Zona Leste.
Porem a expansão do ramal verde já foi postergado várias vezes e a
construção do trecho leste da linha 6 nem tem data prevista.
A pergunta principal é: por que este grande volume de passageiros
precisa atravessar a cidade para chegar até o emprego? Esta na hora de
repensar o planejamento da cidade, com empregos na periferia.
Fonte da Notícia: Via Trólebus/Folha de SP
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