Anúncio de obra de Metrô é o mesmo que anunciar atrasos, pelo menos é
o que a maioria do paulista pensa quando vê este tipo de notícia.
Nesta semana o governador Geraldo Alckmin anunciou a concessão e
construção da Linha 6-Laranja, e fez questão
de mencionar que o ramal poderá ser entregue em parte, daqui a 4 anos. A
comparação quase que instantânea com as obras da Linha 4-Amarela é
inevitável, onde a construção do ramal que liga oa Vila Sônia a Luz se
arrasta por 10 anos. Foi esta a pergunta que jornalistas fizeram na
coletiva de imprensa durante a assinatura do contrato, e Alckmin
justificou: “A Linha 4 foi programada em duas etapas, porque o governo
não tinha recurso para fazer toda a obra. Então, foi fazendo em etapas…O
governo tem uma outra situação financeira hoje, graças a Deus.”
Já o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, se
mostrou irritado quando questionado sobre tais atrasos: “Eu acho
engraçada essa afirmação sua de que a Linha 4 está há dez anos
construindo. A Linha 4 é em duas etapas. A primeira etapa foi entregue
há dois anos.” O titular da pasta, apesar de admitir os atrasos, compara
as obras do Metrô paulista com as de países da Europa: “Uma linha de
Paris que tem 113 anos e tem um aumento você diz que ela está há 113
anos construindo? A Linha Jubilee, de Londres, que teve uma parte
construída agora, mas tem uma parte de mais de 40 anos levou 40 anos
para ser construída? A Linha 2 da Paulista vocês estão dizendo que
demorou 30 anos para ser construída?…O meu papel é fazer com que a obra
aconteça e seja entregue. Se eu for ficar olhando para o retrovisor todo
dia e chorando, o que você quer? Que eu faça o quê? Pare as obras?” –
diz o secretário.
A diferença entre prazos técnicos e políticos
A diferença entre prazos técnicos e políticos
Não querendo justificar os atrasos, nem tão pouco fazer papel de
advogado do governo, mas o fato é que existem 2 tipos de prazos quando
se trata de obras de Metrô: o técnico, aquele dado pela engenharia da
obra, e outro o político, ao sabor de estratégias políticas e ações
eleitoreiras. Um ótimo exemplo disso é a própria linha 4. Enquanto
governo afirma que a estação Vila Sônia será entregue em 2015,
publicações do Metrô dão conta que a parada ficará para 2016. Não
podemos ignorar também que obra de engenharia tem sempre seus
contratempos, usando o exemplo da estação Higienópolis-Mackenzie que
teve as obras atrasadas por descobrirem “uma nascente de água muito
grande” (palavras do secretário).
Fonte da Notícia: Via Trólebus
DESEJAMOS A TODOS UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO 2014
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