Único participante, o consórcio Move São Paulo foi
anunciado na tarde desta quarta-feira como vencedor da licitação para
obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de São Paulo, que ligará Brasilândia
a São Joaquim. O grupo reúne quatro empresas e, ao lado do governo do
Estado - já que se trata de uma PPP - gastará
R$ 9,5 bilhões com previsão de entrega de cinco a seis anos. De acordo
com o secretário dos Transportes, Jurandir Fernandes, o intuito é que as
obras se iniciem nos primeiros cinco meses de 2014.
"Queremos adiantar o máximo possível. Nosso teto é
primeiro semestre de 2014, mas a ideia é puxar para abril, maio. Num
primeiro momento temos que assinar o contrato que pode levar de 30 a 40
dias, porque tem que trazer garantias e arranjos institucionais.
Assinado o contrato, eles partem para buscar áreas para fazer os
canteiros de obras e nós do governo do Estado partiremos para
desapropriações. Temos que fazer isso de forma inteligente, para evitar
contratempos judiciais", afirmou o secretário.
A Linha 6-Laranja terá 15 estações, passando por
Brasilândia, Freguesia do Ó, Pompeia, Perdizes, Sumaré e Bela Vista.
Além disso, a linha passará próxima às grandes universidades da capital
paulista como PUC-SP, Unip, Mackenzie, Faap, FMU e Uninove. A Linha 6
fará integração também com as linhas 7 e 8 da CPTM, além das linhas 1 e 4
do Metrô.
A expectativa é que os 13,5 quilômetros da nova linha
atendam cerca de 630 mil pessoas por dia e que a duração da viagem da
primeira à última estação dure 27 minutos.
Dos R$ 9,5 bilhões, R$ 8,9 bilhões serão apenas para as
obras, sendo que 50% serão arcados pelo consórcio e os outros 50% pelo
governo do Estado. O restante (R$ 600 milhões) será gasto com as
desapropriações, de responsabilidade do Estado. O secretário do
Planejamento, Julio Semeghini, afirmou que as PPPs são a grande aposta
do governo para obras no Estado de São Paulo.
"O ideal dessa linha 6 é que é uma PPP que serve de
exemplo. O governo de São Paulo tem mais uma reunião onde serão
discutidas outras quatro PPPs. Uma delas é a Linha 18, o monotrilho, e
uma outra são 20 mil habitações no centro da cidade. Outras duas são bem
inovadoras, uma delas é de pátio, e a outra é logística e transporte de
medicamento, que vai entregar remédio diariamente no estado de são
Paulo", afirmou o secretário. "Esperamos até o fim do ano que vem
assinar entre R$ 50 a 60 bilhões neste governo do Geraldo Alckmin",
completou.
De acordo com Jurandir Fernandes, a ideia é que a partir
de agora todas as novas linhas sejam feitas através de PPPs. O
secretário acredita ser uma maneira de agilizar as obras e entregar
resultados antes do tempo previsto.
"Temos impressão (que) as empresas vão utilizar menos
que seis anos, porque começando antes eles podem auferir receitas antes.
E isso está previsto no edital. No modelo criado, você tem as grandes
empresas que vão contratar todos os fornecedores, mas criaram um agente
financeiro. Através disso eles conseguem acelerar as obras. Por isso
estamos confiantes que as seguintes serão mais fáceis de atrair capital
privado", afirmou Jurandir.
Apesar da empolgação com as parcerias, Jurandir afirmou
que extensões de linha continuarão sendo feitas apenas com capital do
governo do Estado. "Preferimos fazer obra pública para não haver
contratempo entre os que já estão engajados com os novos que chegam, mas
linha nova é PPP", explicou.
Fonte
da Notícia: Portal Terra
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