Linha 3- Vermelha é a mais lotada do sistema |
Numa cidade como São Paulo, com notórias e exasperantes dificuldades de
locomoção, é natural que melhorias no transporte público atraiam
rapidamente mais usuários. Foi o que se verificou nos últimos anos com a
expansão das linhas de metrô e a maior facilidade de conexão com os
trens da CPTM.
A sobrecarga tem sido um dos motivos alegados pelas autoridades para explicar o aumento de panes. Se as falhas eram mais comuns na rede da CPTM, passaram a ocorrer com mais frequência, recentemente, também no metrô.
No ano passado, por exemplo, após quatro décadas de operação, o transporte subterrâneo da cidade registrou a primeira colisão entre trens, na linha 3-vermelha. Agora, a mesma linha, com mais de 3 milhões de passageiros transportados diariamente, foi palco de uma ocorrência grave, no horário de pico da manhã.
Num trecho ao ar livre do trajeto, após um defeito que deixou o trem parado entre duas estações, passageiros quebraram vidros, forçaram portas e abandonaram a composição, caminhando pela lateral dos trilhos. Por segurança, o Metrô cortou a energia. O incidente acabou prejudicando usuários de todo o sistema.
O diretor de operações da empresa procurou minimizar o problema e, numa atitude discutível, culpou os passageiros pelo aumento do tempo necessário para regularizar a situação.
Os passageiros, por sua vez, relataram um quadro sufocante para justificar a decisão de deixar o trem, sem dúvida temerária. O ar-condicionado teria deixado de funcionar e pessoas passaram mal.
Mais do que o episódio específico, o que preocupa é o crescimento do número de casos e a impressão de que em momentos de estresse o sistema de segurança não é confiável. Em 2012 foram registradas 66 panes, contra 51, em 2011. Um ano antes, em 2010, eram apenas 28.
Para o Metrô, a escalada deve-se ao aumento da rede e do número de viagens fora de horários de pico. Por plausível que seja, tal explicação não basta para tranquilizar quem usa esse tipo de transporte.
Há trens antiquados em operação. Crescem as dúvidas quanto à presteza da manutenção e dos procedimentos de segurança.
Cabe ao Metrô renovar as composições, tirar lições das falhas e instruir com clareza os usuários sobre o que fazer em momentos de pane. Caso contrário, corre-se o risco de interrupções mais e mais frequentes levarem a frustração dos passageiros ao limite do insuportável.
A sobrecarga tem sido um dos motivos alegados pelas autoridades para explicar o aumento de panes. Se as falhas eram mais comuns na rede da CPTM, passaram a ocorrer com mais frequência, recentemente, também no metrô.
No ano passado, por exemplo, após quatro décadas de operação, o transporte subterrâneo da cidade registrou a primeira colisão entre trens, na linha 3-vermelha. Agora, a mesma linha, com mais de 3 milhões de passageiros transportados diariamente, foi palco de uma ocorrência grave, no horário de pico da manhã.
Num trecho ao ar livre do trajeto, após um defeito que deixou o trem parado entre duas estações, passageiros quebraram vidros, forçaram portas e abandonaram a composição, caminhando pela lateral dos trilhos. Por segurança, o Metrô cortou a energia. O incidente acabou prejudicando usuários de todo o sistema.
O diretor de operações da empresa procurou minimizar o problema e, numa atitude discutível, culpou os passageiros pelo aumento do tempo necessário para regularizar a situação.
Os passageiros, por sua vez, relataram um quadro sufocante para justificar a decisão de deixar o trem, sem dúvida temerária. O ar-condicionado teria deixado de funcionar e pessoas passaram mal.
Mais do que o episódio específico, o que preocupa é o crescimento do número de casos e a impressão de que em momentos de estresse o sistema de segurança não é confiável. Em 2012 foram registradas 66 panes, contra 51, em 2011. Um ano antes, em 2010, eram apenas 28.
Para o Metrô, a escalada deve-se ao aumento da rede e do número de viagens fora de horários de pico. Por plausível que seja, tal explicação não basta para tranquilizar quem usa esse tipo de transporte.
Há trens antiquados em operação. Crescem as dúvidas quanto à presteza da manutenção e dos procedimentos de segurança.
Cabe ao Metrô renovar as composições, tirar lições das falhas e instruir com clareza os usuários sobre o que fazer em momentos de pane. Caso contrário, corre-se o risco de interrupções mais e mais frequentes levarem a frustração dos passageiros ao limite do insuportável.
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