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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Bicicletários do Metrô são fechados por falta de patrocínio

Há um mês, ciclistas de São Paulo têm se deparado com bicicletários fechados na maioria das estações de metrô. Sem patrocínio, 13 dos 17 pontos de empréstimo, aluguel e estacionamento de bicicletas da rede tiveram de ser fechados e, desde o dia 15 de dezembro, continuam com as portas abertas, em regime de "contingência", apenas os bicicletários das estações Anhangabaú, Palmeiras-Barra Funda, Guilhermina-Esperança, da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), e Butantã (da linha 4-Amarela, operada pela ViaQuatro).
 
De acordo com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), os problemas começaram há cerca de 90 dias, quando a pasta começou a receber reclamações de usuários que encontraram os bicicletários fechados. O serviço é operado pelo Instituto Parada Vital, que desde 2008 tem um convênio com o Estado, mas que, "por problemas de gestão", "não cumpriu o acordo que tinha com o Metrô, deixando de oferecer o serviço em algumas estações", explicou a secretaria, em nota.
 
Pelo convênio, o Metrô apenas cedia os espaços físicos à entidade, que se encarregava de operar o serviço, sendo responsável pela contratação de funcionários até a manutenção das bikes disponíveis. O problema é que, no meio do ano passado, acabou o contrato entre o patrocinador e o instituto.
 
"O Instituto não tem fins lucrativos e depende de patrocinador para o pagamento de pessoal, manutenção das bicicletas, etc. (...) Mas o contrato de patrocínio acabou no meio do ano, e desde então estamos buscando novos parceiros para normalizar os serviços", disse Ismael Caetano, diretor do Parada Vital, que não quis informar a quantia que era repassado pela empresa ao instituto.
 
Cerca de 120 funcionários trabalhavam nos pontos de empréstimo, mas o fim do patrocínio provocou demissões na rede ainda no ano passado (não foi informado quantas pessoas foram demitidas). Ao todo, há 16 bicicletários nas estações do Metrô e um na linha 4-Amarela (estação Butantã), sendo responsáveis por cerca de 10 mil empréstimos de bicicletas por mês - o que tornou o projeto um dos principais mecanismos de integração das bicicletas ao transporte público de São Paulo.
 
De acordo com Caetano, os bicicletários nas quatro estações da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) continuam operando normalmente, pois são mantidas por outro patrocinador. O diretor disse acreditar ter encontrado dificuldade para conseguir novos patrocinadores porque a maioria das empresas estava organizando o orçamento de 2013 na época em que o contrato acabou.
 
"Estamos buscando novos parceiros, apresentamos o projeto há algumas empresas com essa visão social e preocupados com sustentabilidade. Nossa expectativa é voltar à normalidade até fevereiro" disse o diretor da organização.
 
Já a STM também informou que está buscando novos parceiros, e não descarta firmar o contrato com outra entidade, caso o instituto não normalize a situação rapidamente.
Nos bicicletários Anhangabaú, Palmeiras-Barra Funda e Guilhermina-Esperança não haverá mais empréstimos de bicicleta. O horário de funcionamento continua sendo das 6h às 22h. Os demais bicicletários ficarão fechados temporariamente.
 
O FERROVIÁRIO, UMA NOVELA SOBRE TRENS. DE SEGUNDA Á SEXTA NO BLOG JORNAL DA CPTM. www.jornaldacptm.blogspot.com.br

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