Quase um terço das estações da Companhia do Metropolitano de São Paulo
(Metrô) deve ganhar um banho de loja. O motivo? A Copa do Mundo de 2014. Para o
evento esportivo, a empresa quer deixar mais apresentáveis 20 das suas 64
paradas, algumas inauguradas 38 anos atrás.
Na estação Barra Funda, sem borracha
melhora a luminosidade
Entre as que passarão pelo "embelezamento" estão Sé, Santa Cruz, Paraíso,
Palmeiras-Barra Funda, Marechal Deodoro, Artur Alvim e Corinthians-Itaquera (as
duas próximas do Itaquerão, palco da abertura do Mundial de futebol).
O concreto aparente que predomina na Linha 1-Azul – a mais antiga – ganhará
tratamento especial, por exemplo. Já o tradicional piso preto de borracha cheio
de círculos dará lugar a um material mais nobre, o granito, que atualmente
decora plataformas como as da Consolação, na Linha 2-Verde.
Ao todo, 62 mil m² de chão devem receber o novo revestimento. Além da
estética, a vantagem dessa troca é que ela poderá trazer ganhos com a
iluminação, pois o índice de reflexão de luz do granito é maior que o da
plurigoma (nome técnico dado ao revestimento negro).
Segundo uma apresentação feita no mês passado pelo arquiteto do Metrô Edgard
Georges El Khouri, essa intervenção, aliada ao uso de "novos e mais econômicos
elementos de iluminação", reduzirá o consumo de energia elétrica.
O piso de pedra também é mais resistente. "O plurigoma, em áreas com muita
gente, como acontece no metrô, é ineficiente, porque é preciso trocá-lo toda
hora. E o granito é o melhor piso que existe, com maior rigidez e longevidade",
explica Nestor Tupinambá, um dos representantes do Metrô no Sindicato dos
Engenheiros.
Calçadas. As calçadas no entorno de parte das estações
também serão reformadas, ganhando blocos intertravados. Nesse caso, a estimativa
é de que 19 mil m² de calçamentos sejam trocados, incluindo os feitos de mosaico
português.
Dentro das paradas, os forros serão substituídos por novas estruturas,
similares às que já existem nas estações da Linha 2-Verde sob a Avenida
Paulista, como a Trianon-Masp. Trata-se da colocação de tábuas na posição
vertical, deixando o teto vazado. O raciocínio dos técnicos do Metrô é que esse
material permite "fácil limpeza", com a redução do uso de produtos químicos e um
menor tempo para a manutenção de equipamentos de serviço instalados acima. Cerca
de 22 mil m2 de forros serão reformados.
As estações devem ter nova demão de tinta em 360 mil metros quadrados de
estruturas de concreto. Por último, também serão trocadas as laterais das
coberturas de metal das estações em superfície da Linha 3-Vermelha, como
Corinthians-Itaquera.
O Metrô não informou quanto vai gastar nessas obras nem quando elas serão
iniciadas. Mas a reportagem apurou que os trabalhos devem começar entre o fim
deste ano e os primeiros meses de 2013
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