Em audiência de conciliação nesta terça-feira, a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região sugeriu que a greve dos metroviários seja suspensa por 20 dias. Amanhã, a categoria decide em assembleia se cancela a paralisação que está prevista para começar na quinta-feira.
O encontro está marcado para as 18h30 na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários de São Paulo, no Tatuapé. "Vamos colocar a proposta em votação e ver o que é melhor para todos", disse Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato.
A categoria está em estado de greve desde o último dia 13. Os metroviários reivindicam participação nos lucros de forma igualitária para todos os funcionários da empresa, além de manter o pagamento do benefício como nos outros anos, em fevereiro. Os servidores também pleiteiam redução na jornada de trabalho. "A empresa quer previlegiar quem ganha mais e mudou o pagamento da participação nos resultados (PR) para abril", afirmou Altino.
Em nota, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) disse que mantém sua disposição de negociar com os metroviários e "estranha a decisão, tomada por um grupo inexpressivo de sindicalistas, de precipitar uma greve inútil para a categoria e cruel para a população de São Paulo". A empresa alega ainda que "não se nega a negociar" e que se orgulha de ser "uma das que têm a melhor média salarial do Estado, além de uma extensa lista de benefícios oferecidos a todos os empregados".
Ontem, a desembargadora Rilma Hemetério concedeu liminar atendendo pedido do Metrô para determinar que os metroviários mantenham 100% da operação em São Paulo nos horários de pico (entre 6h e 9h e entre 16h e 19h) e 90% nos demais horários, em caso de paralisação, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 100 mil, bem como proíbe a liberação das catracas.
"O TRT impôs à categoria algo que não acontece nem em dia normal de funcionamento e que nem a própria empresa consegue garantir. Isso não é muito razoável, por isso sugerimos a liberação das catracas, mas a empresa alega que pode haver um certo tumulto, mas há vários mecanismos para conter isso e diminuir o fluxo", alega Altino.
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