Lateral da Frota A da Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo |
A gestão do Governador de São Paulo Geraldo Alckmin deixou de
repassar para o Metrô em 2015, 66 milhões de reais referentes aos
custos das passagens gratuitas. Segundo a edição desta quarta-feira do
jornal Folha de São Paulo, o Governo Estadual trabalhava com orçamento de
330 milhões de reais para esses gastos no início de 2015, mas apenas
264 milhões de reais foram desembolsados ao final do ano - 20% a menos.
Concedida
por decisões políticas, a gratuidade no transporte público é válida
para desempregados, idosos com mais de 60 anos, deficientes e
estudantes. Em 2015, as pessoas que usufruíram do benefício
representaram 16,88% do 1,12 bilhão de passageiros transportados, de
acordo com a Folha.
Os custos das gratuidades no ano passado é 9%
menor do que em 2014, quando foram repassados 289 milhões de reais para
essas despesas.
Na prática, sem receber os recursos do governo, o
Metrô precisa abrir mão de investimentos e melhorias no serviço e no
quadro de funcionários para arcar com as despesas. Conforme explicou ao
jornal o secretário-geral do sindicato dos metroviários, Alex Fernandes,
o impacto se dá na folha de pagamento e na discussão sobre a
participação nos resultados da empresa. O caso veio à tona justamente
durante as negociações para pagamento da participação dos resultados.
Em
nota enviada à Folha, o Metrô e a Secretaria dos Transportes
Metropolitanos informaram que "não há qualquer prejuízo aos passageiros
do Metrô beneficiados pela gratuidade". Disseram também que "o
percentual de contingenciamento aplicado nos recursos da gratuidade,
previsto no decreto de execução orçamentária, pode ser revisto
[aumentado ou reduzido] à medida que a empresa precisar e o governo
entender necessário".
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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