Obras da 2ª Fase da Linha 15-Prata |
Relatório sobre as ações e perspectivas em relação aos Transportes Metropolitanos, enviado à Assembleia Legislativa no final do ano
passado, mostra que até mesmo o próprio governo do Estado de São Paulo
não tem convicção plena sobre o andamento de algumas intervenções,
admitindo problemas financeiros e em cronogramas de obras e na
fabricação de trens para o Monotrilho, por exemplo.
Sobre a Linha 17-Ouro do Monotrilho, previsto para atender parte da Zona Sul de São Paulo e que teve os extremos de obras congelados, consta
na síntese dos principais planos e ações que as obras estão em ritmo
menor que o desejado, o que todos sabem, e que há preocupação em relação
também à fabricação dos trens leves que circulam em elevados com pneus
de borracha. Recentemente a Scomi, empresa da Malásia, e a brasileira
MPE anunciaram que vão acabar a parceria para fabricação destes
veículos. Na ocasião, o metrô havia afirmado à imprensa que a produção
de trens estava dentro do esperado, versão diferente do relatório.
“As obras estão com andamento aquém do desejado, assim como, a
fabricação dos trens e sistemas fixos, estão implicando em reprogramação
das metas visando colocar o trecho em operação em 2018. A demanda
prevista para o trecho 1 é de 161.000 passageiros dia útil, no horizonte
de 2018, interligando-se com a Linha 9-Esmeralda da CPTM na estação
Morumbi, com a Linha 5-Lilás do Metrô na Estação Campo Belo, bem como o
Aeroporto de Congonhas, e operando com 14 trens.”
No relatório também, é apresentada outra meta sobre monotrilho, no
caso da Linha 15-Prata a respeito do aumento do horário de operação.
Segundo a proposta do Governo do Estado, os trens leves deveriam operar
já em janeiro da 5h até a meia noite, o que não ocorreu. Até agora, o
único trecho de monotrilho em operação de 2,9 quilômetros funciona das
6h às 20h.
“O primeiro trecho, Vila Prudente-Oratório, encontra-se em
operação comercial, desde 10/08/2015, tendo ampliado sua faixa
de operação das 6h até às 20h, desde o dia 20 de Dezembro de 2015. Está
prevista a entrada em operação comercial plena (das 5h até 24h), em Janeiro de 2016.”
A respeito do Metrô, no relatório, o Governo do Estado de São Paulo
cita com otimismo o andamento das obras para ampliação da Linha 5-Lilás
mantendo a estimativa. A previsão é de que a operação dos trechos Adolfo
Pinheiro -Brooklin e Brooklin-Chácara Klabin tenha início em 2017.
Também, segundo o governo, está dentro do prazo esperado, a implantação
de tecnologia que permitirá a operação do novo trecho da Linha 5-Lilás
“Os serviços contratados para fornecimento dos Sistemas de
Alimentação Elétrica, Auxiliares (escadas rolantes, elevadores,
ventilação, etc.), de Telecomunicações, de Sinalização e Controle (CBTC-
comunicações via rádio digital e CCO), de Controle de Arrecadação e de
segurança dos passageiros (SCAP e portas de plataforma), estão em
andamento conforme as metas estabelecidas para o início das operações.” – complementa a Secretaria de Transportes Metropolitanos no relatório.
Uma das metas atingidas pelo Metrô foi a mudança de sinalização para o
sistema CBTC na Linha 2-Verde. De acordo com Portal Via Trolebus, em
matéria de 12/02/2016, a Linha 2-Verde começou neste ano a contar com o sistema operando
todos os dias da semana. O CBTC permite melhor controle dos trens,
diminuindo o espaço entre uma composição e outra com margem de segurança
e assim aumentando o fluxo e oferta de transportes. O intervalo entre
as composições pode ser reduzido com a sinalização.
“Em 2015, a implantação do sistema CBTC teve evolução na Linha 2-Verde, onde estão sendo realizados os testes operacionais para
finalização de ajustes de software, visando o início de operação plena
nos dias úteis.” – aponta o relatório.
No mesmo relatório a secretaria de transportes metropolitanos prefere
evitar previsões de datas sobre intervenções que ainda são incógnitas,
por exemplo, o Monotrilho da Linha 18-Bronze do ABC Paulista, cujas obras não
começaram. O projeto do sistema de trens sobre elevados é marcado por
uma discussão contratual a respeito da vinculação do início das
operações da Linha 17-Ouro com a fase inicial das obras da Linha 18-Bronze. Uma
cláusula diz que somente após testes na Linha 17-Ouro, que não foi
concluída, será possível começar a construção da Linha 18-Bronze. Já o metrô
não interpreta desta maneira. O Monotrilho da Linha 18-Bronze apresenta outros
entraves como a própria situação da parceria entre MPE e Scomi
fabricantes dos trens, dificuldades financeiras e aspectos não previstos
no projeto original e que ainda não têm solução definida, como galerias
de água na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Bernardo do Campo. As
galerias não foram contempladas no projeto e agora há dúvidas sobre em
qual lado da avenida serão colocadas as vigas do elevado do Monotrilho.
Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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