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Mapa da Linha 2-Verde expandida até a Dutra (Guarulhos) |
O Governo Geraldo Alckmin suspendeu por pelo menos mais 12
meses o início das obras para extensão da Linha 2-Verde do Metrô até
Guarulhos. Atualmente, o ramal liga a Vila Madalena, na Zona Oeste, à
Vila Prudente, na Zona Leste. O congelamento foi oficializado por
aditivos contratuais publicados pelo Metrô no Diário Oficial do Estado no último dia do ano de 2015 (31/12/2015).
Com a medida, já são quatro as linhas de transporte suspensas pelo
governo estadual desde a reeleição de Alckmin, em 2014. Em todos os
casos, o governo alega que, diante das incertezas da economia, preferiu
dar prioridade para obras que já estão em execução.
No caso da extensão da Linha 2-Verde, a emissão da ordem de serviço para
o início das obras vinha sendo atrasada desde setembro de 2014, quando o
governo terminou a licitação e assinou contratos com oito consórcios de
construtoras diferentes – cada um para a execução de um lote da obra. O
Estado tem autorização ambiental para construir 12,5 quilômetros de
novas linhas de metrô, totalizando doze novas estações e uma nova
conexão com a Estação Vila Prudente, atual parada final da linha. Também
há previsão de construção de pátio de manobras e de manutenção para os
35 trens que a linha deve ter.
Os demais ramais suspensos são os Monotrilhos da Linha 15-Prata, também
na Zona Leste, paralisado a partir de São Mateus, sem seguir para Cidade
Tiradentes; da Linha 17-Ouro, na Zona Sul – que iria até o Morumbi, em
uma das pontas, e até Jabaquara, na outra, mas agora só está prometido
entre o Aeroporto de Congonhas e a Marginal do Pinheiros; e ainda a
Linha 18-Bronze, monotrilho da capital até o ABC, que teve os contratos
para as obras assinados em 2014 e, agora, está parado.
A extensão da Linha 2-Verde fez parte de um projeto apresentado há 11
anos pelo governo de São Paulo, que definiu a chamada “rede essencial do
Metrô”, com propostas para ramais que deveriam estar em operação total
até o ano de 2020. Nenhuma das seis linhas previstas saiu do papel. O
plano é citado no Estudo de Impacto Ambiental e no Relatório de
Impactos Ambientais aprovado pela Cetesb, que liberou as obra da Linha 2-Verde.
Os estudos do Metrô, que tinham como base a Pesquisa Origem-Destino de
1997, previam que a cidade deveria ter, daqui a quatro anos, uma rede
metroviária de 163 quilômetros. Atualmente, são 68,5 quilômetros – sem
contar trechos em obras na Linha 5-Lilás (Zona Sul), 6-Laranja (Zona
Norte) e os monotrilhos das zonas Sul e Leste.
Em nota, o Metrô relacionou a suspensão de obras na Linha 2-Verde às
restrições orçamentárias feitas pela União para o ajuste fiscal. Parte
do financiamento vinha de recursos do BNDES. “Em decorrência da não liberação de limite
pela União durante o Plano de Ajuste Fiscal, no segundo semestre de
2015, de um financiamento de 2,5 bilhões de reais via BNDES previstos
para a extensão da Linha 2-Verde, os oito contratos da obra foram
suspensos até Dezembro de 2016”, disse a empresa estadual, em nota.
“Priorizando a conclusão de empreendimentos já iniciados, o governo do
Estado decidiu realocar os recursos de outro financiamento do BNDES
destinado à Linha 2 [1,5 bilhão de reais] para a conclusão de duas obras
já em andamento: 760 milhões de reais para a Linha 5-Lilás [na Zona
Sul] e 740 milhões de reais para a Linha 6-Laranja [feita por meio de
uma parceria público-privada]”, prosseguiu o texto. “A medida foi
aprovada pela Assembleia Legislativa de São Paulo em Dezembro de 2015”,
concluiu.
Fonte da Notícia: SP News Trans
Créditos do Mapa Reservados ao Autor
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