Mapa da Futura Linha 18-Bronze do Monotrilho |
Solicitado pelo Estado ainda no primeiro semestre de
2015, o financiamento externo da ordem de US$ 182,7 milhões
(aproximadamente R$ 637 milhões na cotação de ontem do dólar) foi
reprovado pela União na 112ª Reunião da Cofiex (Comissão de
Financiamentos Externos), realizada no dia 15 de dezembro.
De acordo com o Ministério do Planejamento, na
oportunidade, a STN solicitou a
retirada da pauta após classificar a capacidade de pagamento do Estado
na categoria ‘C’, considerada “insuficiente para a obtenção da garantia
da União na contratação de operação de financiamento externo.” Essa
avaliação determina se o ente público possui capacidade financeira para
arcar com o pedido de se endividar e o posterior pagamento do passivo.
Em nota, a Pasta afirma que o Estado foi comunicado
sobre o resultado da reunião, “oportunidade em que lhe foi solicitado
para que, uma vez solucionada a pendência junto à STN, informasse a
Confiex para a reavaliação do pleito.”
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos, por sua
vez, ressaltou em nota que “o Estado de São Paulo possui limite para o
endividamento proposto e que o valor solicitado encontra-se em análise
pelo governo federal.” A Pasta ainda destacou que desconhece o motivo
para não autorização do pedido e que a Secretaria da Fazenda do Estado
de São Paulo está em tratativas com o União para equacionar a questão.
A expectativa do Governo Estadual era que os trabalhos de desapropriação fossem iniciados em agosto do ano passado. Na época, a gestão tinha previsão de entregar o modal até o fim de 2018, cronograma esse que foi descartado em novembro, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, pelo Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni. “Até o fim do ano que vem (2016) iniciamos as obras. Entre 2019 e 2020 hoje é a realidade (para entregar a Linha 18-Bronze)”, disse, à época.
Conforme o Diário do Grande ABC noticiou em Novembro de 2015, o atraso para início das obras da Linha 18-Bronze não é apenas de financiamento. Há também impasse técnico que atrapalha o andamento da intervenção.
Na época, o secretário nacional de Transportes e de
Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, em audiência pública da Comissão de
Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal, revelou que antes da Linha
18-Bronze entrar em operação é necessário que a Linha 17-Ouro (que
ligará o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi), que também é
modelo Monotrilho, passe por testes que avaliem de forma positiva o
sistema adotado pelo Estado. Só após essa aprovação é que as obras da
rede metroviária que ligará o Grande ABC à Capital poderiam ser
iniciadas.
Vale destacar que o Metrô rescindiu no início do ano
contratos com os consórcios responsáveis pela obra da Linha 17-Ouro, o
que adia ainda mais o início de sua operação. Com isso, a previsão para
iniciar a operação do tramo, que antes era em 2017, já não tem mais um
cronograma definido.
Trajeto
Com 15,7 Km de extensão, a Linha 18-Bronze
será o primeiro ramal metroviário expandido para fora da Capital. Com 13
estações, a previsão é transportar 314 mil passageiros por dia, com 26
trens à disposição. Na região, o trajeto passará por Santo André, São
Bernardo e São Caetano.
A construção custará R$ 4,26 bilhões no total, sendo
R$ 1,92 bilhão responsabilidade do poder público (repartido entre Estado
e União) e R$ 1,92 bilhão da iniciativa privada, o restante é referente
ao valor que será gasto com as desapropriações.
Fonte da Notícia e Imagem: Diário do Grande ABC
Fonte da Notícia e Imagem: Diário do Grande ABC
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