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terça-feira, 17 de maio de 2016

Governo Federal nega recursos para construção da Linha 18-Bronze

Fábio Arantes / Secom Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
Mapa da Futura Linha 18-Bronze do Monotrilho
O Ministério do Planejamento reprovou o pedido de financiamento externo feito pelo Governo do Estado para custear as desapropriações de áreas onde serão erguidas as futuras instalações da Linha 18-Bronze. Prestes a completar dois anos da assinatura do contrato, em Agosto de 2016, a futura linha metroviária que ligará o Grande ABC à Capital não tem mais previsão para ser entregue à população.
Solicitado pelo Estado ainda no primeiro semestre de 2015, o financiamento externo da ordem de US$ 182,7 milhões (aproximadamente R$ 637 milhões na cotação de ontem do dólar) foi reprovado pela União na 112ª Reunião da Cofiex (Comissão de Financiamentos Externos), realizada no dia 15 de dezembro.

De acordo com o Ministério do Planejamento, na oportunidade, a STN solicitou a retirada da pauta após classificar a capacidade de pagamento do Estado na categoria ‘C’, considerada “insuficiente para a obtenção da garantia da União na contratação de operação de financiamento externo.” Essa avaliação determina se o ente público possui capacidade financeira para arcar com o pedido de se endividar e o posterior pagamento do passivo.
Em nota, a Pasta afirma que o Estado foi comunicado sobre o resultado da reunião, “oportunidade em que lhe foi solicitado para que, uma vez solucionada a pendência junto à STN, informasse a Confiex para a reavaliação do pleito.”
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos, por sua vez, ressaltou em nota que “o Estado de São Paulo possui limite para o endividamento proposto e que o valor solicitado encontra-se em análise pelo governo federal.” A Pasta ainda destacou que desconhece o motivo para não autorização do pedido e que a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo está em tratativas com o União para equacionar a questão.

A expectativa do Governo Estadual era que os trabalhos de desapropriação fossem iniciados em agosto do ano passado. Na época, a gestão tinha previsão de entregar o modal até o fim de 2018, cronograma esse que foi descartado em novembro, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, pelo Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni. “Até o fim do ano que vem (2016) iniciamos as obras. Entre 2019 e 2020 hoje é a realidade (para entregar a Linha 18-Bronze)”, disse, à época.

Conforme o Diário do Grande ABC noticiou em Novembro de 2015, o atraso para início das obras da Linha 18-Bronze não é apenas de financiamento. Há também impasse técnico que atrapalha o andamento da intervenção.
Na época, o secretário nacional de Transportes e de Mobilidade Urbana, Dario Rais Lopes, em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal, revelou que antes da Linha 18-Bronze entrar em operação é necessário que a Linha 17-Ouro (que ligará o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi), que também é modelo Monotrilho, passe por testes que avaliem de forma positiva o sistema adotado pelo Estado. Só após essa aprovação é que as obras da rede metroviária que ligará o Grande ABC à Capital poderiam ser iniciadas.
Vale destacar que o Metrô rescindiu no início do ano contratos com os consórcios responsáveis pela obra da Linha 17-Ouro, o que adia ainda mais o início de sua operação. Com isso, a previsão para iniciar a operação do tramo, que antes era em 2017, já não tem mais um cronograma definido.

Trajeto
Com 15,7 Km de extensão, a Linha 18-Bronze será o primeiro ramal metroviário expandido para fora da Capital. Com 13 estações, a previsão é transportar 314 mil passageiros por dia, com 26 trens à disposição. Na região, o trajeto passará por Santo André, São Bernardo e São Caetano.
A construção custará R$ 4,26 bilhões no total, sendo R$ 1,92 bilhão responsabilidade do poder público (repartido entre Estado e União) e R$ 1,92 bilhão da iniciativa privada, o restante é referente ao valor que será gasto com as desapropriações.

Fonte da Notícia e Imagem: Diário do Grande ABC

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