Governador Geraldo Alckmin inaugurando as obras da Linha 6-Laranja |
As obras da Linha 6 - Laranja do Metrô de São Paulo começaram na manhã
de hoje com mais de um ano de atraso. O Governador
Geraldo Alckmin participou da cerimônia e iniciou o processo de
escavação do poço de ventilação.
A linha vai ligar o bairro da Brasilândia, na Zona Norte, até a estação
São Joaquim, da Linha 1- Azul, no Centro da capital paulista. Mais de
600 mil passageiros devem circular pela linha diariamente. A promessa é
que a linha seja entregue e inicie sua operação comercial em 2020.
Em 2011, o projeto da Linha foi alvo de polêmica após alguns moradores
de Higienópolis se posicionarem contra a localização da Estação
Angélica.
Inicialmente, o próprio governador havia dito que as obras teriam
início no começo do ano passado. A declaração foi dada em Janeiro de
2013 durante o lançamento do edital da concorrência internacional da PPP da Linha 6-Laranja. Posteriormente, o prazo de
início foi prorrogado para Julho de 2014.
Apesar da demora para o início das obras do Metrô, o governador negou nesta segunda que tenha tido qualquer atraso.
"Não teve atraso. A obra desse tamanho talvez seja a maior obra do
país, quase R$ 10 bilhões. Uma PPP você tem que fazer engenharia,
revestimentos, licitação, assinatura de contrato, desapropriações",
afirmou Alckmin.
De acordo com o Secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo
Pelissioni, o contrato da PPP foi assinado somente em Maio de 2014. "O consórcio tinha um ano para iniciar as obras, portanto
estamos a um mês adiantado com o nosso cronograma de assinatura de
contrato", afirmou. Ele ressaltou que nesse período a empresa realizou o
projeto executivo da obra.
No entanto, o atraso ocorreu após o Governo ter sido obrigado a fazer uma nova licitação
depois de não encontrar parceiros privados interessados em participar
da concorrência pública devido aos imbróglios jurídicos envolvidos na
desapropriação dos imóveis.
Desta forma, o governo acabou mudando o modelo de licitação e passou a arcar com os gastos das desapropriações, deixando a cargo da empresa vencedora apenas a responsabilidade de desapropriar e pagar com os recursos provenientes do estado. Antes, o consórcio é quem iria arcar com o custo.
Desta forma, o governo acabou mudando o modelo de licitação e passou a arcar com os gastos das desapropriações, deixando a cargo da empresa vencedora apenas a responsabilidade de desapropriar e pagar com os recursos provenientes do estado. Antes, o consórcio é quem iria arcar com o custo.
O Governo já gastou R$ 500 milhões com desapropriações, o que
corresponde a 70% dos imóveis. As desapropriações devem estar concluídas
para o início do primeiro semestre do ano que vem.
Para o Governador, a PPP dará rapidez ao processo de construção do Metrô.
Para o Governador, a PPP dará rapidez ao processo de construção do Metrô.
"O setor privado tem sempre mais agilidade do que o setor público. O
que não pode é um empurrar o problema pro outro porque agora a PPP é
completa. O setor privado constrói túnel, as estações, compra os trens,
motoriza, energiza a parte eletrônica e opera", disse Alckmin.
Trajeto
O trajeto terá 15,9 km incluindo pátios e 15 estações: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba - Hospital Vila Penteado, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Pompéia, Perdizes, Cardoso de Almeida, Angélica - Pacaembu, Higienópolis - Mackenzie, 14 Bis, Bela Vista e São Joaquim. O governo projeta que 29 trens irão atuar ao longo do percurso. Ela fará conexão com outras linhas da CPTM e do Metrô, com a Linha 4-Amarela.
O percurso entre Brasilândia e São Joaquim, que hoje é feito em 90 minutos, passará a ser feito em 23 minutos.
O investimento previsto para a linha é de R$ 9,69 bilhões - metade
disso sairá dos cofres do estado e a outra metade pelo consórcio
vencedor da licitação.
Fonte da Notícia: G1-SP
Imagem: Governo do Estado de São Paulo
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