Obras na Futura Estação Jardim Planalto (Linha 15-Prata) |
Os investimentos para a expansão da rede metroviária tiveram redução
por parte do Governo do Estado de São Paulo de 31% entre 2014 e 2015. A
queda dos recursos foi de R$ 1,3 bilhão, indo de R$ 4,17 bilhões em 2014
para R$ 2,87 bilhões em 2015.
É o que aponta levantamento feito pelo site Fiquem Sabendo, com base
nos dados do próprio Metrô obtidos por meio da Lei de acesso à
Informação.
De acordo com os dados, uma parcela significativa desta redução se
deveu ao rompimento de contrato entre o Metrô e o Consórcio Isolux
Corsán-Corviam para o prolongamento da Linha 4-Amarela, que ocorreu em Julho de 2015.
Dos R$ 290 milhões previstos para serem aplicados em 2015 para
ampliação da Linha 4-Amarela, apenas R$ 88 milhões, ou 30% do total,
foram de fato utilizados. De acordo com o Metrô, R$ 202 milhões deixaram
de ser aplicados pelo que classificou de abandono do consórcio
responsável pelas obras.
Outro problema em relação a obras e que também, de acordo com Governo
do Estado, explica parte desta redução, são dificuldades para a
implantação dos monotrilhos em São Paulo.
Apesar de Monotrilho não ser Metrô, os projetos são de responsabilidade da Companhia do Metropolitano.
Na Linha 17-Ouro, que deveria atender a zona Sul de São Paulo, o
orçamento em 2015 previa gastos de R$ 582 milhões, mas apenas R$ 272
milhões foram aplicados. R$ 310 milhões deixaram de ser investidos.
Os monotrilhos, que deveriam ter ficado prontos entre 2012 e 2014,
dependendo da linha, são os modais que mais apresentam dificuldades
técnicas e financeiras atualmente.
Obras da 2ª Fase da Linha 5-Lilás |
Já a Linha 18-Bronze do Monotrilho, que deveria atender à região do
ABC Paulista, também é outro grande problema. Em 2015, não recebeu
nenhum investimento porque o Metrô alega que aguarda autorização do
Cofiex, órgão ligado ao governo federal, para captar recursos externos
destinados a desapropriações. Só a partir deste momento daria início às
obras. Os entraves da Linha 18-Bronze, entretanto, não se limitam à realidade
financeira. Existem problemas técnicos que não foram previstos no
projeto, como galerias de águas Avenida Brigadeiro Faria Lima, no centro
de São Bernardo do Campo. Não há definição sobre qual lado da avenida
serão colocadas as vigas de sustentação do elevado por onde passarão os
trens com pneus de borracha e sobre os procedimentos executados para as
obras. Além disso, uma cláusula contratual causa divergência. De acordo
com o Ministério das Cidades, as obras da Linha 18-Bronze só podem sair do
papel depois de testes da Linha 17-Ouro que ainda não teve nenhum trecho
concluído. O Metrô não interpreta desta maneira e diz que as obras não
são vinculadas.
A Linha 15-Prata do Monotrilho, na zona leste de São Paulo, também não avança. Somente em Agosto de 2015 é que o único trecho de 2,9 quilômetros,
entre as estações Oratório e Vila Prudente, começou a funcionar
comercialmente e em horário reduzido. Em Janeiro de 2016, as operações
deveriam ser das 5h às 24h, o que também não ocorreu.
Mas em relação a Metrô de fato, de alta capacidade e maior
velocidade, não se enquadrando os Monotrilhos, São Paulo também
registrou poucos avanços em 2015.
Projetos como a expansão da Linha 2-Verde até Guarulhos foram congelados por falta de verbas.
Segundo o Governo Estado, a crise econômica pesa em dois aspectos: a
União diminui os repasses para obras de mobilidade e o Estado registrou
uma queda de 4,1% no PIB Paulista em 2015 em relação ao ano de 2014
impactando a capacidade para investimentos.
Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus
Imagem de Lucas Souza
Imagem 2: Edson Lopes Jr
Imagem 2: Edson Lopes Jr
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