Estação Sacomã (Linha 2-Verde) após paralisação da linha |
O número de problemas no funcionamento do Metrô
paulista, com impacto significativo para os passageiros, tem aumentado
nos últimos quatro anos. O sistema sofreu 74 panes em 2015, nas quatro
linhas administradas pelo Governo Geraldo Alckmin – 1-Azul,
2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás e 15-Prata. Em 2011, foram 58, o que representa
aumento de 27,5% nas falhas do sistema.
Falha na Linha 2-Verde parou o sistema semana passada, e
usuários ficaram sem acesso a várias estações. Problema, segundo
trabalhadores, é com o novo sistema de operação dos trens Segundo os
dados, as ocorrências que causaram impacto significativo no sistema –
com interrupção na circulação dos trens – cresceram ano a ano: 58 em
2011; 71 em 2012; 72 em 2013, 73 em 2014, e 74 em 2015. No mesmo
período, a quantidade de passageiros transportados pelas Linhas 1-Azul,
2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás, juntas, cresceu de 1,087 bilhão para
1,116 bilhão (3%).
A Linha 1-Azul foi a que teve maior número de falhas em 2015. Foram 29, quase o
dobro das ocorridas em 2011: 15, apesar de o número de passageiros ter
diminuído: 417,8 milhões de pessoas, em 2015. Em 2011, a mesma linha
transportou 433,5 milhões de passageiros.
A Linha 3-Vermelha, a mais movimentada do Metrô atualmente, que liga a
Palmeiras-Barra Funda a Coritnhians-Itaquera teve redução das panes:
foram 35, em 2012; 26, em 2013; 23 em 2014, e 22 em 2015.
Problemas persistem
Dia 25/02/2016, a Linha 2-Verde, que liga a Vila Madalena
à Vila Prudente sofreu uma pane que interrompeu a
circulação dos trens por 45 minutos e deixou o sistema com velocidade
reduzida por, pelo menos, duas horas. O Metrô chegou a restringir a
entrada de passageiros nas estações. No dia 20/01/2016, uma falha em
um trem entre as estações Penha e Carrão, da Linha 3-vermelha, deixou a
circulação mais lenta e as estações lotadas.
Segundo os metroviários, a implementação do novo sistema de
sinalização, o CBTC tem
causado problemas no funcionamento do sistema da Linha 2-Verde. O CBTC
passou a operar todos os dias da semana a partir do último dia 13, após
oito anos da aquisição do sistema, por R$ 700 milhões. “O sistema
deveria reduzir a distância entre os trens, possibilitando colocar mais
carros nas linhas, com segurança. Mas nem isso está sendo possível”,
afirmou Altino Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato dos
Metroviários de São Paulo.
Alckmin havia prometido instalar o sistema também nas Linhas 1-Azul e
3-Vermelha até o final de 2014. Na Linha 5-Lilás, 26 trens novos que
possuem o sistema CBTC estão parados há quase dois anos porque o mesmo
não foi implementado na via. Os trens foram comprados por R$ 630
milhões, mas não há previsão de quando vão passar a transportar os
usuários.
No sistema atual, chamado ATO, a linha é dividida em setores de 150
metros. Quando dois trens ocupam o mesmo setor, o avanço do que está
atrás é impedido por meio de um corte na energia elétrica. Com o sistema
CBTC, a comunicação se dá por rádio, por meio de antenas colocadas nos
trens e ao longo da via, o que garante maior segurança para reduzir a
distância entre as composições. O novo sistema também controla a
abertura de portas conjugadas entre o trem e a estação.
Metrô se diz seguro
O Metrô informou que as panes
registradas ao longo dos últimos anos são proporcionais ao número de
viagens realizadas, à quilometragem percorrida e à quantidade de
passageiros transportados. E que o sistema é seguro.
“O
Metrô de São Paulo transporta 4 milhões de passageiros diariamente,
realizando mais de 3.500 viagens diárias, com 60 mil quilômetros
percorridos. No ano de 2015, o número de quilômetros percorridos
aumentou na comparação ao realizado em 2014. Dessa forma, o número de
incidentes notáveis apresenta estabilidade entre os anos de 2014 e 2015,
mantendo-se dentro dos padrões internacionais de qualidade e segurança.
Os números mostram que o Metrô de São Paulo é um sistema de transporte
regular, confiável e seguro, considerado internacionalmente como um dos
dez melhores do mundo.”
Fonte da Notícia: Rede Brasil Atual
Imagem: Veja SP
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