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Obras do Monotrilho da Linha 17-Ouro paralisadas |
Em menos de seis meses, quatro contratos de obras ou prestação de
serviços entre empresas e o Metrô de São Paulo foram rompidos. De acordo
com a Companhia do Metropolitano, todos por responsabilidade das
empresas privadas, que não teriam cumprido os serviços.
Já as empresas apontam problemas em relação ao Metrô.
Após a falta de limpeza em estações, plataformas e banheiros da Linha 1-Azul, o Metrô anunciou o rompimento do contrato com a Higilimp. A
empresa foi contratada justamente para o asseio e limpeza dos espaços da
linha.
Em Janeiro de 2016, funcionários da mesma empresa cruzaram os
braços alegando falta de pagamento referente ao mês de dezembro. O mesmo
ocorreu agora sobre os vencimentos de janeiro. Na ocasião, a Higilimp
responsabilizou os atrasos ao metrô. Segundo a empresa, a Companhia do
Metropolitano não teria feito o pagamento referente ao mês de dezembro. O
metrô disse que a situação tinha sido regularizada. Agora, nenhum
representante da empresa foi localizado.
Ainda na primeira quinzena de Janeiro de 2016, o Metrô
rompeu contrato com a Rede Ponto Certo, responsável pelas máquinas de
recarga de Bilhete Único nas estações do metrô. A Rede Ponto Certo
desligou os equipamentos de autoatendimento no início de dezembro,
alegando que estava sem correção na remuneração desde 2011. O
procedimento prejudica ainda hoje milhares de passageiros por dia que
enfrentam grandes filas. De 61 estações do metrô, 15 ficaram sem nenhum
equipamento deste tipo.
Já na segunda quinzena de janeiro deste ano, o metrô anunciou o
rompimento do contrato com o consórcio das construtoras Andrade
Gutierrez e CR Almeida, alegando atrasos e abandono de obras para
construção de três das oito estações e de um pátio de manobras dos trens
que deveriam estar em andamento da Linha 17-Ouro do Monotrilho, que era
prevista para ligar o aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital
paulista, à região do Morumbi.
As empresas alegaram dificuldades financeiras.
Uma cláusula de contrato prevê que a Linha 18-Bronze do Monotrilho, que
ainda nem começou a ser construída, só poderia ter as obras iniciadas
quando o Monotrilho da Linha 17-Ouro estivesse funcionando. Assim, os atrasos
no monotrilho da zona Sul atingem o cronograma da Linha 18-Bronze, prevista
para ligar o ABC Paulista à Capital. O metrô não tem esta mesma
interpretação da cláusula.
Em julho de 2015, o metrô anunciou outra rescisão de contrato, desta
vez com o Consórcio Isolux Corsán-Corviam, responsável pela construção
das estações Higienópolis/Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo/Morumbi e
Vila Sônia, da Linha 4-Amarela, de um pátio de manobra de trens e de um
terminal de ônibus que seria integrado ao metrô.
De acordo com o consórcio Isolux-Corsán-Corviam, o Metrô demorou 27
meses para entregar o projeto executivo das estações e liberar as
licenças necessárias.
Ainda segundo o consórcio, relatórios vieram incompletos e com falhas
na concepção do projeto do consórcio. O Isolux-Corsán-Corviam informou
que enviou 99 correspondências relatando os problemas e não teve nenhuma
solução.
Já o Governo do Estado de São Paulo diz que o consórcio não cumpriu sua responsabilidade e os cronogramas.
Em todos os casos, o Metrô diz que já aplicou ou vai aplicar multas
relativas às quebras de contratos e que estará contratando novas
empresas. No caso do consórcio Isolux Corsán-Corviam, que diz que não
houve rompimento de contrato pelo metrô e que a decisão partiu da
iniciativa privada sobre a Linha 4-Amarela, a multa é contestada na
justiça.
Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus
Imagem: G1-SP
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