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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sobre a expansão do Metrô de São Paulo

Novo Monotrilho da Linha 15-Prata já está em testes na Nova Estação Oratório
São Paulo tem dimensões geográficas e a economia de um país. Um país dentro de outro país. E a cidade de São Paulo, geograficamente falando, é maior que alguns países na Europa. 

Por causa destas proporções monumentais, pelo tamanho de sua população (estimada em 14 milhões) e claro, pela falta de vontade dos administradores públicos que a cidade teve, a população da cidade sofre com a falta de infraestrutura em todas as esferas: seja da segurança, passando pela saúde, educação e claro, a mobilidade. Mesmo em dimensões menores, cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Salvador também sofrem com os mesmos problemas. 

São Paulo apesar de ser o estado mais rico do país, tal riqueza não se reflete em qualidade de vida para o paulistano em geral. O blog não precisa explicar para onde vai tanta riqueza, concordam, leitores? 

Voltando a falar da “riqueza de São Paulo”, os valores que “sobram” são insuficientes para fazer com que a cidade progrida da forma acelerada que ela realmente precisa. Um bom exemplo são as “quatro obras simultâneas” que estão acontecendo atualmente no Metrô. 

Algumas delas tem, no mínimo, dez anos de atraso para atender a necessidade da população. E por conta de tais atrasos, quando tais obras estiverem prontas, elas já serão insuficientes para atender as novas áreas atendidas. 

A Expansão da Linha 5-Lilás:

No momento atual, podemos destacar que um dos maiores problemas de lotação que a Linha 9-Esmeralda da CPTM enfrenta é da demanda reprimida com a demora da conclusão das obras da Linha 5-Lilás. O cidadão que sai do extremo sul e precisa ir, como por exemplo, ao Centro, precisa fazer uma “via crucis” para isso, transitando pelas Linhas 9 e 4, ou claro, optando por utilizar o ônibus. Com a finalização da Linha 5, tal percurso será cumprido mais rapidamente, fato confirmado, mas naturalmente com mais áreas sendo atendidas, o número de usuários vai aumentar e a Linha 5-Lilás já está em seu limite de operação. Não que a expansão não seja necessária. Ela é e muito. Mas está atrasada por contade diversas denúncias de corrupção e outras questões burocráticas que parecem intermináveis.

A Expansão da Linha 4-Amarela:

Outra linha que faz parte deste pacote simultâneo de obras, a Linha 4-Amarela atualmente já está batendo recordes no número de usuários transportados -e de atrasos na conclusão das obras para finalizar o trajeto, pois já são dez anos de obras!- e que ainda não está completa. 

Faltam cinco estações para que o trajeto original seja entregue à população: Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. E o governo tem planos para estender a Linha 4 até o município de Taboão da Serra. Ou seja, quando mais usuários possuírem acesso às novas estações da Linha 4 Amarela ela não será apenas uma “linha para integrar”, que era o lema do Governo de SP. O novo lema será “mais uma linha para lotar”. 

As novas linhas de Monotrilho

Em um país onde nenhum cronograma é seguido à risca (vide as obras para a Copa do Mundo, inclusive), as Linhas 15-Prata e 17-Ouro estão com as obras atrasadas. As causas para o atraso são muitas: desde a solicitação de licença ambiental, os atrasos dos processos técnicos e operacionais por parte do Metrô e, claro, o atraso das obras civis em si. Ao que parece, a obra do papel para a população, a Linha 15-Prata está prestes a ser inaugurada. As Estações Terminal Vila Prudente e Oratório estão prontas e os testes com os carros que irão operar no trecho seguem a todo vapor. E as obras dos outros trechos estão bem adiantadas.

Já não se pode afirmar o mesmo das obras da Linha 17-Ouro. A linha fazia parte das obras para a mobilidade da Copa do Mundo –o estádio do Morumbi foi retirado do cronograma da Copa por questões logísticas- e talvez por causa disso as obras ficassem em segundo plano. 

Além do estádio do Morumbi, a Linha 17 tem uma importante missão: integrar ao sistema metroviário o Aeroporto de Congonhas. De forma geral, não podemos tirar o mérito das quatro obras. Mas ao mesmo tempo, é preciso ser objetivo e transparente em afirmar: São Paulo precisa não só desta expansão/novas linhas. 

A Linha 6-Laranja e 18-Bronze são importantes e estão no cronograma de novas obras que irão surgir, além da 13-Jade da CPTM atualmente em obras. Mas além destas, as futuras linhas 19 e 20 precisam ter seus projetos adiantados. Como se diz no popular: São Paulo não pode parar, não mesmo.

Fonte da Notícia e Imagem: Via Trólebus

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