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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

E-mails provam que houve propina em obras de expansão das Linhas 2-Verde e 4-Amarela

E-mails trocados entre executivos da Odebrecht, e que estão em poder da Lava Jato, indicam que a construtora pagou propina para realizar obras do metrô em São Paulo. As licitações aconteceram em governos do PSDB.
Os e-mails encontrados pela investigação envolvem duas linhas do Metrô de São Paulo: a 2-Verde e a 4-Amarela, última a ser construída. Um deles é de maio de 2006. A mensagem de um executivo da empresa fala de um aditivo contratual de R$ 37 milhões na Linha 2-Verde e menciona três codinomes ligados a valores que, segundo a investigação, se referem à propina.
"Estrela" deveria receber R$ 1,5 milhão. Os outros dois, chamados de "Brasileiro" e "Bragança", receberiam R$ 188 mil cada. Em outro e-mail, também de 2006, é endereçado ao ex-presidente da construtora, Marcelo Odebrecht. Nele um executivo da empresa pede autorização para um pagamento ao codinome "cambada SP", relacionado ao projeto "PPP Linha 4-Amarela".
Para os investigadores, "PPP Linha 4-Amarela" possivelmente quer dizer "parceria público-privada" para a construção da Linha 4-Amarela do Metrô. Os investigadores ainda tentam descobrir a quem se referem esses codinomes.
Os e-mails não vão ser analisados apenas pelos investigadores da Lava Jato. O Ministério Público de São Paulo, que também investiga obras do metrô, informou que vai pedir os documentos para juntar como provas nos inquéritos que apuram se houve pagamento de propina a agentes públicos para favorecimento na realização das obras do Metrô.
O Metrô disse, em nota, que desconhece qualquer irregularidade nas obras e que está à disposição para colaborar com a força-tarefa da Lava Jato.
Também, em nota, o PSDB diz que não tem conhecimento das informações citadas e que defende o aprofundamento das investigações.
A Odebrecht não quis comentar.
Fonte da notícia: G1-SP

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