Em 2013, os gastos com acessibilidade chegaram a R$ 6,4 milhões. Em
2014, os investimentos pararam meio e o ano fechou com um número
negativo. Em 2015 não foi feito nenhum investimento nessa área. E, em
2016, a acessibilidade simplesmente não está na tabela.
O Governo do Estado disse que investiu R$ 13 bilhões nos últimos 5 anos
no Metrô em São Paulo e que este ano serão mais R$ 3 bilhões do tesouro
estadual na companhia. Mas não destacou o quanto disso foi para a
acessibilidade.
O passageiro Luis Carlos Félix da Silva, que é deficiente visual, faz o
mesmo caminho todo dia. Ele precisa contar com a ajuda de quem encontra
pela frente para não se perder. A dificuldade já começa no terminal de
ônibus de Itaquera, onde precisa da ajuda de um fiscal conhecido para
chegar nas catracas. Dali até o trem, ele depende de mais ajuda.
“O piso tátil do terminal, do ponto de ônibus da lotação de onde a
gente desce vindo de caso, até você adentra o metro, até a estação ele é
desgastado. Ele feito no chão no piso no concreto, mas ele se desgasta e
perde a sensibilidade”, diz Silva.
Na Estação Belém só tem piso tátil nas escadas nas bordas, na parte
debaixo e na parte de cima. Mas não tem o caminho feito de piso tátil do
vagão até a escada, e da escada até a saída. Assim, o deficiente visual
acaba se confundido com o piso da estação, que é um piso preto de
bolinhas. Então, ele precisa de ajuda de alguém para passar pela catraca
e sair da estação.
Na Estação Sé, os obstáculos são os mesmos. Essa dificuldade é um
reflexo da falta de investimento da companhia em acessibilidade.
Fonte da Notícia & Imagem: G1-SP
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