Estação Arthur Alvim (Linha 3-Vermelha) |
Passageiros que dependem de trens da CPTM e do Metrô devem estar
atentos sobre a possibilidade de greve dos trabalhadores A PARTIR DE AMANHÃ (24/05/2016).
Na manhã de hoje (23/05/2016), não houve acordo entre funcionários da CPTM e a companhia.
Diante da possibilidade de greve, que vai ser decidida em
assembleias, a Justiça Trabalhista determinou frota mínima de operação
de 80% nos horários de pico e 50% no restante do dia.
Há possibilidade de a CPTM oferecer novamente o reajuste de 10,44%
sugeridos pelo Tribunal Regional do Trabalho na semana passada.
A CPTM recuou a proposta hoje (23/05/2016) e ofereceu 7,5%.
Confira a nota do TRT:
Não houve acordo em mais uma tentativa de conciliação envolvendo a
CPTM e os quatro sindicatos que representam seus trabalhadores. A
empresa retirou da mesa a proposta feita no encontro anterior, de 10,44%
em duas parcelas. A nova oferta é de 7,5% sobre salários e benefícios,
retroativos a Março de 2016, sem equiparação de benefícios aos valores
pagos aos metroviários.
O encontro foi conduzido pelo vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, desembargador Wilson Fernandes, que concedeu prazo de 24 horas para apresentação de defesa e documentos. Na sequência, o processo segue para análise do Ministério Público do Trabalho e, depois, para o relator sorteado. Será então agendado o julgamento.
Diante da falta de acordo e possibilidade iminente de uma paralisação, Fernandes determinou a manutenção de 80% do efetivo de maquinistas. Em relação aos demais empregados, o contingente é de 60% nos horários de pico (entre 4h e 10h e entre 16h e 21h) e de 50% nos demais horários. A liminar proíbe ainda liberação de catracas. Em caso de descumprimento, há previsão de pagamento de multa diária no importe de R$ 100 mil.
A CPTM tem até o início das assembleias, que serão realizadas hoje (23/05/2016), às 18h, para informar se volta a ofertar o reajuste de 10,44%.
Os trabalhadores pleitearam inicialmente um aumento de 11,08% em salários e benefícios.
A primeira proposta da CPTM era reajuste de 5,22% nos salários, que seria concedido em duas parcelas.
A CPTM transporta diariamente três milhões de pessoas em seis linhas
que somam 257,5 quilômetros operacionais, numa malha total de 260,8
quilômetros. O sistema atende 22 municípios, sendo 19 deles na Região
Metropolitana de São Paulo e conta com 92 estações.
São em torno de 8.570 funcionários na CPTM
Os trabalhadores da CPTM são divididos em sindicatos diferentes de
acordo com a origem histórica das linhas. A divisão é a seguinte:
– Sindicato dos Ferroviários de São Paulo: trabalhadores das Linhas
7-Rubi e 10-Turquesa
– Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana: funcionários das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda
– Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil: funcionários que
atuam nas linhas 11-Coral e 12-Safira
Metrô
Os funcionários do Metrô também vão realizar assembleia para decidir possibilidade de GREVE AMANHÃ (24/05/2016)
Os metroviários acusam o Metrô de não negociar
com os trabalhadores que pedem 10,82% de reposição de inflação mais
6,59% de aumento real; Vale Alimentação de R$ 487,27 e Vale-Refeição de
R$ 34,33.
O sindicato também diz que é contra privatizações no sistema.
Os trabalhadores que podem entrar em greve atuam nas Linhas 1-Azul,
2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás do Metrô e no trecho de 2,9 quilômetros do Monotrilho 15-Prata.
A Linha 4-Amarela do Metrô não estaria envolvida na greve por ser privada. Em torno de 3,5 milhões de passageiros podem ser afetados.
Reajuste também beneficiará quem tem super salário:
O Metrô tem 9.436, dos quais existe uma minoria privilegiada. São
109 funcionários do Metrô que recebem salários maiores do que o Estado
determina para diretores da empresa, ganhando por mês R$ 21,7 mil e R$
35 mil. Os supersalários resultam num custo mensal de R$ 35 milhões em
uma folha de pagamento total R$ 1,7 bilhão.
O teto do salário de um diretor é de R$ 20,5 mil. Os cargos cujos
funcionários recebem acima dos diretores são assessor técnico III”,
“especialista III”, “chefe de departamento” e “gerente”.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos informa que estes
supersalários são de funcionários antigos e que desde 2012 é estipulado
um teto para os trabalhadores que ingressaram na companhia a partir
daquele ano.
Se houver aumento para a categoria por causa da campanha salarial,
esta minoria também será favorecida com o mesmo percentual aplicado aos
vencimentos dos menores salários no Metrô.
Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus
Imagem de Felipe Golfeto
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