Metroviários fazem protesto por um transporte melhor |
Em campanha por um aumento mínimo de 10% nos salários, o Sindicato dos
Metroviários promete para dia 05.06.2014 uma greve que tem tudo para travar a
cidade, a exemplo do que ocorreu há duas semanas com a paralisação dos
motoristas de ônibus. Se a categoria realmente cruzar os braços, deixará
na mão (ou a pé, no caso) boa parte da população: são 4,6 milhões de
viagens diárias. Há ainda uma segunda proposta em estudo para a
manifestação,essa bem mais ousada: continuar trabalhando e liberar as
catracas para que os usuários embarquem de graça, hipótese descartada
pelo governo. Segundo a companhia, essa atitude comprometeria a
segurança dos passageiros.A realidade, no entanto, é que não há
necessidade de um episódio extraordinário para provocar desconforto em
nossos subterrâneos. Cenas de empurra-empurra, filas e plataformas
intransitáveis são um atentado diário à integridade física de quem se
locomove pelos vagões na capital.
Como se não bastasse, ainda é preciso dose extra de paciência para o acúmulo de falhas aparentemente pequenas, mas que transformam um simples trajeto entre a casa e o trabalho em uma jornada maçante. Porta que não fecha, paradas bruscas e repentinas entre estações, ar condicionado quebrado — tudo isso faz parte do cotidiano do passageiro em São Paulo. Dia 28.05.2014, por exemplo, um atraso de dois minutos por volta das 19 horas na Estação Sumaré fez todo o restante das composições da Linha 2 – Verde avançar com velocidade reduzida. No dia seguinte, às 8h40, um trem da Linha 3 – Vermelha levou dez minutos para deixar a Estação Itaquera no sentido Barra Funda, o que resultou em plataformas lotadas de gente.
Seguindo um critério internacional — o mesmo utilizado por outras catorze metrópoles do mundo com malha metroviária expressiva, como Nova York e Londres —, o Metrô inclui em sua planilha de ocorrências apenas interrupções com duração mínima de cinco minutos, os chamados incidentes notáveis. Oficialmente, foram 71 deles em 2013, cerca de um a cada cinco dias. “Estamos dentro do padrão internacional nesse quesito. Ficamos abaixo da média quando comparados aos serviços de grandes capitais asiáticas, mas temos índices melhores do que os de muitos países europeus”, afirma o diretor de operações da companhia, Mário Fioratti Filho.
Como se não bastasse, ainda é preciso dose extra de paciência para o acúmulo de falhas aparentemente pequenas, mas que transformam um simples trajeto entre a casa e o trabalho em uma jornada maçante. Porta que não fecha, paradas bruscas e repentinas entre estações, ar condicionado quebrado — tudo isso faz parte do cotidiano do passageiro em São Paulo. Dia 28.05.2014, por exemplo, um atraso de dois minutos por volta das 19 horas na Estação Sumaré fez todo o restante das composições da Linha 2 – Verde avançar com velocidade reduzida. No dia seguinte, às 8h40, um trem da Linha 3 – Vermelha levou dez minutos para deixar a Estação Itaquera no sentido Barra Funda, o que resultou em plataformas lotadas de gente.
Seguindo um critério internacional — o mesmo utilizado por outras catorze metrópoles do mundo com malha metroviária expressiva, como Nova York e Londres —, o Metrô inclui em sua planilha de ocorrências apenas interrupções com duração mínima de cinco minutos, os chamados incidentes notáveis. Oficialmente, foram 71 deles em 2013, cerca de um a cada cinco dias. “Estamos dentro do padrão internacional nesse quesito. Ficamos abaixo da média quando comparados aos serviços de grandes capitais asiáticas, mas temos índices melhores do que os de muitos países europeus”, afirma o diretor de operações da companhia, Mário Fioratti Filho.
O sindicato, por outro lado, tem uma conta diferente. A categoria tomou
nota de 113 problemas no ano passado, 59% a mais do que foi registrado
oficialmente.“A superlotação desgasta os vagões rapidamente e a reforma
dos mais antigos é malfeita, com a utilização de peças seminovas”, diz o
presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior. O Metrô
argumenta que os trens modernizados “são como novos”.“A qualidade é
exatamente a mesma, e a economia em relação a uma compra chega a 60%”,
diz Fioratti.
O desafio urgente do Metrô é tentar uma conciliação com o movimento grevista. Uma nova audiência está marcada para quarta-feira no Tribunal Regional do Trabalho, e a empresa, que ofereceu 7,8% de reajuste, diz estar disposta a negociar. Na última greve da categoria, em maio de 2012, mesmo sem adesão completa, a cidade enfrentou trânsito recorde. Resta à população esperar pelo acordo e torcer por um dia a menos de caos
O desafio urgente do Metrô é tentar uma conciliação com o movimento grevista. Uma nova audiência está marcada para quarta-feira no Tribunal Regional do Trabalho, e a empresa, que ofereceu 7,8% de reajuste, diz estar disposta a negociar. Na última greve da categoria, em maio de 2012, mesmo sem adesão completa, a cidade enfrentou trânsito recorde. Resta à população esperar pelo acordo e torcer por um dia a menos de caos
Fonte da Notícia e Imagem: Revista Veja (editada)
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